A Polícia Federal (PF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investigam um esquema de venda de sentenças envolvendo funcionários de gabinetes de quatro ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A investigação se iniciou após o advogado Roberto Zampieri ser morto a tiros, em dezembro de 2023, ao sair do seu escritório em Cuiabá (MT). Um smartphone, encontrado no local do crime, revelou mensagens que indicavam a participação de servidores em um esquema de venda de sentenças judiciais, que eram negociadas entre lobistas, advogados e servidores do STJ. Os documentos encontrados também revelaram que o esquema funcionava há pelo menos quatro anos.

De acordo com as investigações da PF, as minutas das sentenças eram enviadas para terceiros antes de serem oficializadas. Caso a propina não fosse paga, as decisões eram alteradas em favor da parte contrária.

Segundo a revista Veja, até o momento não há evidência de que os ministros do STJ sabiam da existência do esquema ou teriam se beneficiado dele.

O caso segue em sigilo para não comprometer as investigações.

Autor(a): BZN