Tecnologia

Potiguar que atua no Vale do Silício fala sobre os desafios que movem o empreendedor

16 ABR 2018

Se tivesse que, de pronto, dar um conselho a quem pretende criar uma startup, certamente, Pedro Felipe Alves Moura, que está integrado ao Vale do Silício na Califórnia (EUA), recomendaria se questionar que problemas pretende resolver e estar feliz ao implementar essa solução. Isso foi o que aconteceu com o potiguar que, aos 15 anos, saiu de Natal e foi para os Estados Unidos estudar na Universidade de Berkeley, uma das melhores do mundo, e atuar na área de empreendedorismo social na comunidade do Vale do Silício. “Quando você sabe a sua missão pessoal ou a titula, você termina encontrando outras pessoas que têm aquela mesma missão”, garante.

A trajetória do empreendedor foi contada em primeira pessoa – e pela primeira vez em português – na Campus Party Natal, que está sendo realizada até o domingo (15), no Centro de Convenções. Pedro Moura foi convidado pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e veio dos Estados Unidos para Natal participar de um bate-papo no espaço Sebraelab Experience na tarde deste sábado (14).

Formado em economia e relações internacionais em solo norte-americano e, nesse período, dedicou-se à área de serviços financeiros a quem não tinha poder aquisitivo. Ele encontrou uma startup no Vale do Silício que tinha uma filosofia compatível com o que pensava em termos de missão pessoal: oferecer microcrédito, principalmente para imigrantes que estão à margem do sistema financeiro americano. São cerca de 25 milhões de pessoas que são invisíveis aos olhos da maioria dos bancos americanos tradicionais.

Imigração

Emocionado, Pedro Moura explicou que focou nesse público porque, como nordestino que vai morar fora do país, entende como é não ter acesso a determinados serviços. “Não importa se você sai do Brasil e vai para os Estados Unidos ou se você sai de Natal e vai para São Paulo. Em alguns momentos, vão lhe olhar diferente”, compara referindo-se às dificuldades enfrentadas. “Lá, olhei para dentro de mime me perguntei: existem muitos problemas no mundo, mas qual deles eu quero me envolver?”.

Assim ele focou no problema dos imigrantes.  A atual missão de Pedro Moura tem sido se dedicar ao mestrado na Universidade de Berkeley na área de empreendedorismo social. A ideia dele é abrir uma outra empresa para ajudar jovens imigrantes nos Estados Unidos a criar o hábito de poupar. Mas a ideia de voltar ao Brasil e ajudar o país, e especialmente as comunidades de baixo poder aquisitivo. “Me pergunto como voltar ao Brasil e ajudar com a experiência que tive. Me sinto muito privilegiado na posição em que estou”.

Além do bate papo, Pedro Moura, que deve passar apenas 24 horas no estado onde nasceu, deu sua contribuição ao ecossistema de startups potiguar ao fazer a conexão entre os empreendedores locais e os que estão no Vale do Silício. Foram escolhidas três startups do RN para fazer pitches via internet para empreendedores americanos. A iniciativa foi programada pelo Sebraelab Experience.

Fonte: Agência Sebrae



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