Remédios de uso cotidiano dos brasileiros, como paracetamol e prednisolona, tiveram aumentos que variaram entre 272% e 340%, respectivamente, em 2024.

Uma das justificativas para essa elevação está relacionada ao ajuste anual dos preços dos medicamentos, que foi aprovado em março pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. A rivaroxabana, um coagulante utilizado para tratar trombose, lidera o ranking com um aumento de 359%.

Os dados fazem parte de um estudo da CliqueFarma | Afya, ferramenta que compara preços de medicamentos e outros itens do mercado farmacêutico. Para o levantamento, foram considerados os menores preços de cada remédio entre os meses de janeiro e dezembro em 80 redes de farmácias do Brasil.

Além do reajuste anual do setor, que em 2024 foi de 4,5%, fatores econômicos como câmbio e inflação ajudam a explicar essa elevação nos preços dos medicamentos.

A prednisolona, indicada para tratar inflamações e doenças autoimunes, teve um aumento de 340%. A tadalafila, para tratamento da disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar, também apareceu na lista, com um aumento de 328%. Nem mesmo o paracetamol, tão comum nas residências do país, conseguiu escapar do aumento de 272%.

“Muitos desses medicamentos também são usados para condições críticas ou crônicas, o que os torna mais suscetíveis a grandes variações de preços. Rivaroxabana é um anticoagulante utilizado em condições graves, como trombose e prevenção de AVC em pacientes com fibrilação atrial. No caso dele, o aumento pode estar relacionado à baixa concorrência no mercado e ao aumento na demanda por anticoagulantes”, explicou o estudo.

Autor(a): BZN