18 NOV 2024
Raphael Ângelo Alves da Nóbrega, preso na Operação Puritas, no dia 7 de novembro último, foi cabo da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Passou no concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi reprovado na investigação social, mas ingressou por ordem judicial. Foi lotado em Rondônia, e lá se envolveu com o erro.
Agente da PRF, Raphael Ângelo foi preso transportando 542 kg de cocaína em Canarana (MT), em 2023. Ele realizava a consulta em sistemas informatizados da PRF para que outros membros do grupo evitassem fiscalizações. O agente chegou a ganhar um Jeep Compass como pagamento pelo transporte da droga.
Ele e Diego Duarte, agente da PRF na Bahia que passava dias em Natal (RN) quando foi preso, cobravam até R$ 2 mil por quilo de cocaína para fazer o frete. Raphael foi demitido pelo ministro Ricardo Lew(Justiça) em 24 de julho deste ano, devido a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Os dois estão entre os 15 alvos de mandados de prisão cumpridos pela Polícia Federal no dia 7. A dupla obedecia aos comandos do traficante José Heliomar de Souza, apontado pela PF como mentor intelectual, coordenador e líder da organização criminosa sediada em Porto Velho, Rondônia, que mandava cargas de cocaína por via terrestre para a facção Comando Vermelho (CV) no Ceará.
Na casa de Diego em Feira de Santana (BA), a PF encontrou um cofre com R$ 580 mil e US$ 8,1 mil em espécie.
Além de realizar o transporte de centenas de quilos de cocaína, os PRFs também eram responsáveis por utilizar informações “sensíveis” e “sigilosas” para beneficiar a facção criminosa, como saber quando e onde aconteceriam blitzes e operações, e indicar rotas alternativas.
Autor(a): BZN