A Prefeitura de São Paulo registrou quase 11 mil ocorrências de adulteração de placas entre junho e julho de 2025, por meio das câmeras do programa Smart Sampa. Do total, mais de nove mil casos envolveram motocicletas clonadas que circulavam com a mesma identificação: BRA 49CC.

Segundo o levantamento, a mesma placa chegou a ser registrada em diferentes pontos da cidade simultaneamente. A clonagem é uma prática usada por criminosos para ocultar veículos roubados ou envolvidos em delitos. As irregularidades, no entanto, não estavam associadas às populares motos de baixa cilindrada conhecidas como “cinquentinhas”, mas sim a motocicletas de maior porte.

Os dados foram divulgados pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), durante evento realizado nessa segunda-feira (11), no qual anunciou a instalação de cem novas câmeras do Smart Sampa em motocicletas da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Militar (PM). A medida busca ampliar a eficiência na detecção de placas clonadas, permitindo abordagens mais rápidas e precisas.

As imagens coletadas pelas câmeras serão enviadas a uma central de monitoramento, onde serão cruzadas com bancos de dados para identificar possíveis irregularidades.

Em junho, a prefeitura já havia solicitado ao Ministério dos Transportes o retorno do lacre metálico em placas de motocicletas, como forma de dificultar falsificações. Ainda assim, criminosos conseguem obter placas clonadas pela internet por valores entre R$ 20 e R$ 30.

Autor(a): BZN