Política

Protesto de alunos diante do ministro Camilo Santana, na UFAL: “Que contradição, tem dinheiro para banqueiro, mas não tem para a educação”

23 MAR 2025

Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) protestaram contra os cortes na educação durante a visita do ministro da Educação, Camilo Santana, quinta-feira (20). O ato ocorreu no campus A.C. Simões, em Maceió, e reuniu alunos, professores e servidores que exigiam mais investimentos no ensino público.

Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes denunciaram a redução de verbas para as universidades federais, apontando o impacto direto na qualidade do ensino, na pesquisa e na manutenção das instituições. O grito que ecoou pelo protesto resumia o sentimento de revolta: “Que contradição, tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra educação”.

Os cortes na Educação 

Desde 2023, o governo federal tem anunciado sucessivos cortes no orçamento da educação, afetando diretamente as universidades públicas. Segundo dados do próprio MEC, mais de R$ 42 bilhões serão retirados do setor até 2030, comprometendo bolsas de estudo, projetos de pesquisa e infraestrutura das instituições.

Na UFAL, os reflexos desses cortes já são sentidos: falta de recursos para manutenção de laboratórios, redução no número de bolsas acadêmicas e dificuldades para garantir a permanência de estudantes de baixa renda. “Estamos vendo a universidade se deteriorar enquanto o governo privilegia o sistema financeiro com incentivos e perdões de dívidas bilionárias”, disse um dos líderes do protesto.

O governo

Durante a visita, Camilo Santana disse que o governo está trabalhando para recompor parte do orçamento das universidades, mas não deu detalhes concretos sobre como ou quando isso acontecerá. A resposta não convenceu os estudantes, que prometeram manter a mobilização e ampliar os atos em defesa da educação pública.

O protesto na UFAL faz parte de uma série de manifestações que têm ocorrido em universidades federais por todo o país, demonstrando que a luta por investimentos na educação está longe de acabar. Para os estudantes, enquanto houver dinheiro destinado ao sistema financeiro em detrimento do ensino público, a contradição continuará sendo denunciada.


Autor(a): BZN



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