Linda e histórica Serra Negra do Norte, cidade de 148 anos nas margens do Rio Espinharas e sob a proteção da padroeira Nossa Senhora do Ó.

Apaixonado por fotos, seu filho Luiz Mariz costuma fazer registros que mostram um pouco do encantamento dessa beleza no Seridó do Rio Grande do Norte.

A história do município remete à época do Brasil Colônia, quando uma grande sesmaria (lote de terra doado em nome do rei de Portugal) foi passada para Francisco de Oliveira Toledo. 

Tempo depois, o controle da sesmaria passou para João de Freitas da Cunha, que após herdou as terras do irmão Domingos Freitas da Cunha. 

Em 1735, uma fazenda foi construída no local. Depois, foi adquirida por Manoel Barbosa de Freitas, que doou ao sobrinho Manoel Pereira Monteiro, que construiu uma capela e deu o nome de Nossa Senhora do Ó, iniciando o crescimento populacional.

Surge a figura de Francisco Solteirão, filho de Manoel Pereira, que decidiu repassar todo o patrimônio construído para os domínios da Igreja.

Em 1º de setembro e 1858, uma lei provincial eleva a localidade à categoria de vila, e no dia 3 de agosto de 1874, elevada à categoria de município, desmembrando-se de Caicó. E em 21 de maio de 1875, o município foi oficialmente instalado.

Segundo o IBGE, sua “geologia está inserida no embasamento cristalino, localmente representado pelas rochas pré-cambrianas do Grupo Caicó, com idade de cerca de 2,5 bilhões de anos”.

Tristeza

A Matriz de Nossa Senhora do Ó sofreu dois grandes baques desde a década de 70.

No dia 22 de julho de 1974, a imagem foi roubada. Conta a história que a imagem da santa foi adquirida em Portugal e custou na época $200.000 (duzentos mil réis). Outra imagem substituiu.

Em 13 de março deste ano de 2023, a coroa da santa foi roubada. 

 Câmeras de segurança flagraram pelo menos cinco pessoas suspeitas chegando ao local em um veículo Ford Ka de cor branca, invadiram a igreja, quebraram o vidro onde fica a imagem e levaram a coroa.

Não satisfeitos, profanaram o sacrário, jogaram as hóstias consagradas no chão. “Fizeram uma badernagem dentro da igreja", lamentou o pároco José Mário na ocasião.

Fotos de Luiz Mariz:

Autor(a): Eliana Lima