Política

Que maravilha o resgate que a AL faz do Centro Histórico de Natal e da memória do RN

11 DEZ 2024

Foto: ALRN

Que maravilha está fazendo a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte: resgatando a história abandonada no Centro de Natal e a memória da importância potiguar.


Enquanto muitos abandonaram a Cidade Alta, a ALRN investe nessa importante é historia área da capital.


Na tarde desta terça-feira (10), o presidente da ALRN inaugurou o Memorial do Legislativo Potiguar, no belo casarão que foi residência do escritor e político Augusto Tavares de Lyra durante o seu mandato de governador do Rio Grande do Norte, em 1904-1906.


O imóvel, na Av. Câmara Cascudo, que estava casarão abandonado e descaracterizado, foi comprado pela ALRN à Arquidiocese de Natal, que era proprietária. "Este memorial e um portal para o conhecimento e formação cidadã no Rio Grande do Norte", resumiu o Ezequiel.


O Memorial ficará aberto para a visitação pública das 8h30 às 16h30, com a última admissão para visitantes às 16h. A entrada é gratuita e as visitas em grupos devem ser agendadas através do 84 3132-0346.


A HISTÓRIA 


Descendente de Tavares de Lyra, o historiador Anderson Tavares de Lyra conta em seu blog que o “casarão integrava o complexo de prédios pertencentes a Fábrica de Fiação e Tecidos Natal e foi cedido por sua proprietária, Inês Augusta Paes Barreto, ao casal de sobrinhos: Augusto e Sofia Eugênia Tavares de Lyra, que residiam no Rio de Janeiro onde Tavares de Lyra era Deputado Federal. Quando o Deputado retornava ao Estado, hospedava-se na casa da família em Macaíba, mas quando eleito governador estabeleceu residência na capital”.


Continua:


- Os herdeiros de Juvino e Inês Paes Barreto venderam a fábrica em 1925 a Francisco Solon. O imenso terreno foi repartido em lotes, pelo que a casa foi apartada e vendida ao médico José Calixtrato Carrilho de Vasconelos. Sua viúva Idalina Pereira Carrilho faleceu no casarão no dia 13 de janeiro de 1950. O imóvel foi herdado pela filha única do casal Alice Carrilho de Góis que juntamente com o marido professor Ulisses Celestino de Góis, em 1979, repassaram a casa para a Arquidiocese de Natal que utilizou parte do terreno para construir a Escola Técnica de Comércio, hoje Faculdade Dom Heitor Sales. 


Foi naquele casarão que o jovem governador Augusto Tavares de Lyra, aos 32, assistiu a chegada de centenas de sertanejos fugidos da grande seca que assolou o Rio Grande do Norte entre 1904-05, fato registrado em antológica fotografia do alemão Bruno Bourgard e guardada no acervo documental do governador. Também foi naquele casarão que o governador Tavares de Lyra, pesquisou e escreveu suas notas e apontamentos acerca da chamada “Questão de Grossos”, uma disputa territorial entre o Ceará e o Rio Grande do Norte. 


O governador assumiu pessoalmente a pesquisa historiográfica que possibilitou ao advogado Ruy Barbosa escrever as suas Razões Finais, que legitimou os direitos do RN sobre o território de Grossos.


O depoimento da escritora Sophia Augusta Tavares de Lyra, filha primogênita do governador, que, em 1984, visitou o Rio Grande do Norte, e fez fotos em frente ao casarão, indicando aos seus familiares potiguares e a pessoas da família Cascudo como sendo a antiga residência de seus pais em Natal, inclusive afirmando que a “casa sempre foi térrea”, fato que agradou a sua mãe que devido a problemas de saúde não podia subir escadas.


O imóvel estava lamentavelmente abandonado

Autor(a): BZN



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