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Que maravilha, Sandro! O emocionante momento em que ele chega na roça para dizer ao pai que passou em Medicina

24 FEV 2022

Foto: Prêmio Novos Cientistas

Ele foi estudante da Escola Estadual de Caculé, sertão da Bahia. E sempre teve interesse por ciência. Soma prêmios em concursos nacionais, como em 2018, com o segundo lugar pelo Ensino Médio. 


Viraliza nas redes sociais este lindo momento, que aconteceu em 2020, quando ele correu pela roça, no sertão baiano, paga informar ao pai, que estava da lida, sua aprovação em Medicina. E hoje ele já é estudante de destaque.


O jovem estudante-pesquisador Sandro Lúcio Nascimento Rocha chegou ao ápice de sua determinação: Medicina, mesmo diante das mais inimagináveis dificuldades. 


Sua história 


Filho dos agricultores Luciana e João, e irmão de Henrique, Sandro Lúcio, quando com 16 anos, em 2018, embarcou pela primeira vez num avião para desembarcar em Brasília, onde recebeu pela equipe da 28ª edição do Prêmio Jovem Cientista, sob a orientação da professora Edjane Alexandre Costa Soares.


Sua ideia que deu certo: solução para o problema de escassez de água na região onde mora – Caculé fica no semiárido e cada vez chove menos por lá. E imaginou uma cisterna. Mas não uma cisterna parecida com as cisternas rurais que são construídas e distribuídas em parceria com o governo e a organização Articulação do Semiárido (ASA). 


Ele, então, vislumbrou numa forma mais ecológico de construir um reservatório para reter a água da chuva e poder utilizá-la para plantas , banheiros, lavagem de louças.


Baseou-se, idem, na observação que em sua escola existia imenso uso e descarte de pets. Na área rural de Caculé, onde morou e estudou, o caminhão do lixo não recolhe os descartáveis. 


Para se livrar do problema, a comunidade tem o desaconselhável hábito de juntá-las e queimá-las, o que provoca uma fumaça desagradável e polui o ambiente. Sandro, então, pensou em  cisternas, substituindo os tijolos por garrafas pet. Uma forma para  solucionar os dois problemas.


A contar ainda que o cimento a ser usado para juntar e colar as pets produz impactos ambientais relevantes em sua fabricação. Para uma luz no fim do túnel, ele imaginou que poderia utilizar como “liga” em sua cisterna um cimento feito a partir da cinza da fibra de côco, fruto que abunda em sua região. Ideia que lhe rendeu prêmio nacional. 


Danadinho quesó, participou da Feciba - Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia. Também da Febic, Prêmio Jovem Cientista.


Todos os vivas pra você, Sandro, e votos de muito e mais sucesso para você e uma vida melhor para a sua família. Estamos fãs ;)



Autor(a): Eliana Lima



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