18 OUT 2024
As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro. Na reta final de preparação, os alunos precisam lidar com a pressão pela conquista da vaga no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e, ao mesmo tempo, não perder o foco nos estudos. Nesta edição de 2024, mais de cinco milhões de pessoas se inscreveram para as provas. Só do Rio Grande do Norte foram 119.088 inscritos, segundo dados do Ministério da Educação.
Educadores e psicólogos ressaltam que é normal o estudante se sentir ansioso com a proximidade da prova e que esse é um sentimento que precisa ser acolhido e utilizado de forma positiva. “É humanamente impossível não ficar nervoso com a proximidade da prova, porque a ansiedade é uma sensação natural no nosso corpo que aparece quando nós estamos diante de algo novo, desconhecido ou desafiador. Isso é algo que nos prepara quando algo está por vir”, explica a psicóloga do Ensino Médio do Colégio CEI (Romualdo e Roberto Freire), Isis Barreto, e acrescenta: “Ter um certo nível de preocupação ajuda a nos motivarmos a dar o nosso melhor”.
Algumas escolas têm procurado investir em saúde mental de forma continuada desde os anos iniciais, e reforçar essa preparação emocional dos estudantes nos anos finais do Ensino Médio, especialmente no pré. É o caso do Colégio CEI, que possui uma equipe de 11 psicólogos. “As escolas devem se atentar para a importância da saúde mental. A condição emocional precisa estar bem equilibrada para que o aluno tenha rendimento”, alerta a diretora pedagógica da escola, Cristine Rosado.
Para os alunos que já estão nessa reta final da preparação, a psicóloga Isis Barreto aconselha que é importante organizar o tempo de forma a incluir atividades de estudo, como revisões e resolução de questões, lazer e descanso: “O planejamento para essa reta final proporciona uma previsibilidade do que será feito e essa previsibilidade ajuda no manejo da ansiedade”. Ela ressalta ainda que ao invés de tentar eliminar a ansiedade, deve-se aceitar esse sentimento e buscar alternativas para aliviar o estresse. “O primeiro passo é aceitar que essa ansiedade não vai ser eliminada. O aluno deve acolher esse sentimento e buscar espaços de diálogo através de amigos, famílias, professores e, se for necessário, também profissionais da área de saúde mental”.
Autor(a): BZN
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