04 OUT 2022
Com 6.338 postos de trabalho formais, o Rio Grande do Norte foi o quarto estado do Nordeste que mais gerou empregos no mês de agosto, atrás da Bahia (17.416), Pernambuco (15.119) e Ceará (8.713), de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O estoque de empregos formais no Ceará, com os novos postos abertos, supera 454 mil vagas. O setor da agropecuária, com 2.580 postos, foi o que mais gerou empregos no estado em agosto.
No cenário regional, o Nordeste notabilizou-se como o grande destaque de agosto, apresentado crescimento de quase 1 por cento (0,96%) da força de trabalho, o maior crescimento relativo entre as cinco regiões brasileiras. Somados, os nove estados nordestinos foram responsáveis por 66.009 novos empregos em agosto.
Entre os estados, São Paulo lidera a lista, com 74.973 novos postos. Além da Bahia e Pernambuco, quatro unidades da Federação fecharam agosto com a criação superior a 10 mil novos empregos: Rio de Janeiro (30.838), Minas Gerais (27.381), Paraná (15.118) e Santa Catarina (10.223).
Recorde
Com a geração dos mais de 278 mil novos postos, o Brasil superou a marca de 42,5 milhões de empregos formais, o maior número já registrado no Novo Caged. Apenas entre janeiro e agosto deste ano, o saldo de empregos gerados alcança a marca de 1.853.298. Se forem considerados os últimos 12 meses, o total de novos postos formais abertos chega a 2.455.662.
Os dados de agosto demonstram, ainda, que somente no intervalo de julho de 2020 a agosto de 2022 -- considerado o período de retomada do emprego formal -- o país registrou um saldo positivo de 5.836.476 postos de trabalho.
O Caged serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho e, desta forma, subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.
Economia
O Novo Caged de agosto mostra, ainda, que a geração de empregos no país se deu em todos os cinco setores monitorados. O setor de Serviços liderou mais uma vez, tendo criado 141.113 postos, um crescimento de mais de 59 mil novos empregos em comparação aos dados de julho. Na sequência, aparecem os setores da Indústria (52.760 postos), Comércio (41.886), Construção Civil (35.156) e Agropecuária (7.724).
Considerando todos os oito primeiros meses deste ano, o setor da Construção Civil tem o desempenho mais destacado, com um crescimento de mais de dez por cento (10,8%) no estoque de empregos formais. Todos os demais setores têm saldo positivo no acumulado do ano, com os serviços chegando a 1.027.288 vagas geradas em 2022 e a indústria tendo aberto 319.379 novas vagas.
É importante ressaltar que pelo terceiro mês seguido o salário médio real de admissão apresentou crescimento, fruto do aquecimento do mercado de trabalho e do sucesso das políticas de controle da inflação.
Autor(a): Eliana Lima