28 NOV 2018
As oportunidades dos setores de energia eólica e solar fotovoltaica para as empresas fornecedoras de bens e serviços da cadeia de petróleo e gás no Rio Grande do Norte foram apresentadas na Arena Energias Renováveis durante o III Fórum Onshore Potiguar, que acontece até esta quarta-feira (28) no Garbos Recepções e Eventos, em Mossoró. O fórum reúne 360 participantes e está sendo realizado pelo Sebrae do Rio Grande do Norte, em parceria com a Redepetro-RN. As atividades do evento encerram-se amanhã (29) com uma visita técnica dos participantes do evento ao Campo de Periquito da empresa Phoenix, no município de Upanema.
A apresentação foi feita pelo coordenador do Observatório da Energia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), professor Renato Samuel Barbosa de Araújo, alertando que as empresas potiguares ainda não despertaram para investir no fornecimento de bens e serviços aos novos segmentos energéticos na região. Segundo ele, poucas empresas da Redepetro-RN são fornecedoras dos setores eólico e do sistema fotovoltaico.
O Rio Grande do Norte é reconhecidamente um dos principais produtores de energia eólica do país e dispõe de grande potencial para demandar o fornecimento de serviços e produtos. As empresas que trabalham com usinagem e manutenção de mecânica industrial podem ser fornecedores desses setores de energias renováveis. Para tanto, segundo Renato Samuel, precisam articular parcerias com fornecedores internacionais e empresas que têm certificação para que possam alcançar o mesmo padrão que é exigido por esse segmento de energia eólica, principalmente. “O sistema solar fotovoltaico ainda tem muito espaço para as empresas aproveitarem essas oportunidades de crescimento”, avisa.
O professor do IFRN informa que a instituição de ensino superior possui 22 mini usinas fotovoltaicas instaladas nos seus campi e na reitoria. Todas em operação são responsáveis por cerca de 20% de todo o consumo do instituto no Estado. “Temos um parque instalado que aponta para um futuro bastante promissor na região. As empresas podem atuar nos vários segmentos que compõem a cadeia, tanto na primeira fase de prospecção, como na da elaboração de projetos para os dois sistemas”, ensina.
Na fase de operação existem oportunidades para empresas que trabalham com manutenção elétrica, fornecimento de insumos, serviços de lavanderia, construção, montagem, logística, hospedagem e alimentação, até de serviços mais sofisticados, como os componentes de usinagem e mecânica fina, que podem ser fornecidos para a manutenção dos parques eólicos.
Na opinião do professor Renato Samuel, o Rio Grande do Norte é um grande laboratório de energias para todo o país. “E o Sebrae é um grande articulador do conhecimento existente nas instituições que fazem estudos e pesquisas, assim como dos agentes financeiros, como o Banco do Nordeste, que podem alavancar o novo momento da economia brasileira”, opina Renato Samuel, explicando que existem várias empresas que possuem usinas fotovoltaicas instalados no Rio Grande do Norte, em segmentos como de supermercados e revenda de combustíveis, por exemplo. A programação e a grade completa do evento podem ser conferidas no site http://redepetrorn.com.br/onshore/.