28 SET 2023
Na ausência do presidente Lula (PT), que será submetido a uma cirurgia de quadril, a primeira-presidente Janja da Silva desembarcou no Rio Grande do Sul como representante oficial da Presidência, nesta quinta (28), ao lado do ministro Paulo Pimenta (Secom), para verificar os estragos provocados por um ciclone extraoficial, que começou no dia 4 de setembro, deixando rastro de 50 mortes e cerca de 100 municípios destruídos.
Após sobrevoo de helicóptero, Janja visitou uma escola destruída no município de Muçum. Quando o prefeito Mateus Trojan falou sobre os danos sofridos, a primeira-presidente sai com essa:
- Eu acho que o município é um exemplo muito, muito forte do que o mundo tá vivendo né, do que o planeta tá vivendo com a questão das mudanças climáticas. É aqui, em outros lugares do mundo, uma coisa totalmente absurda e nós vamos ter que começar a aprender a conviver com essas coisas e tentar reduzir dano com relação à mudança do clima.
Em tempo
A enchente no RS foi motivada por fenômeno que teve origem em um sistema de baixa pressão e provocou chuva de granizo, fortes rajadas de vento e tempestades, que causaram enxurradas e inundações em vários pontos do estado.
E não foi a maior enchente da história do estado.
A maior cheia já registrada aconteceu no distante ano de 1941, quando o Rio Taquari chegou a 29,92 metros. Em abril de 1956, subiu 28,86 metros. Nesta enchente de 2023, o pico foi de 27,39 metros.
Em 1941, na capital Porto Alegre, cerca de 70 mil pessoas ficaram desabrigadas, o que representava um quarto da população do município na época.
Em 1941, a régua do Lagoa Guaíba indicou 4,76 metros. A medição neste setembro de 2023 foi de 3,17 metros de altura.
Autor(a): BZN