07 MAR 2021
Foram cinco anos de corajosa luta contra uma doença silenciosa que pode se espalhar com o nome de metástase. E causa muitas dores.
Ela lutou bravamente. Muito para ficar com as amadas filhas Marianna e Marina. Mas Deus a quis perto dele.
Assim, Lila Rezende se rendeu à vontade divina e partiu neste domingo (7). Apenas 58 anos, completados no dia 31 de janeiro, com comemoração virtual. Dia do último beijo. Ela já tão frágil. Uma grande e maravilhosa guerreira.
Uma figura humana linda de todas as formas, fisicamente e espiritualmente. Para mim, eterna cunhada. Assim nos chamávamos ainda. Daquele amor que não se mede. Nem se explica.
Vai ao encontro dos pais, meus amores, Miriam e Fernando Rezende. Três pessoas incríveis que tive a bem-aventurança de ter como família. Mesmo que por um tempo que poderia ser mais longo. Mas as raízes criaram a eternidade.
Lila tinha uma admirável determinação. E alegria. E bondade. E luz. Que exalava dos expressivos olhos. Belo olhar. Sua voz continua em ecos bons de ouvir. Raramente nos encontrávamos. Mas toda vez era uma imensa felicidade. Àquela coisa que se diz reciprocidade.
Da sua determinação em ser mãe, gerou o primeiro bebê de proveta do RN. Marianna nasceu em 6 de agosto de 1995.
Um ano depois, no Centro de Convenções de Natal, eu fazia a assessoria de imprensa do Congresso Brasileiro de Reprodução Humana, presidido pelo potiguar Kléber Morais, que reuniu os maiores especialistas do país e do mundo. Entre eles o médico Dirceu Henrique Mendes Pereira, o criador de Marianna. Lila foi ao local para que o simpático doutor Dirceu visse a beleza que estava Marianna. E eu presenciei esse inesquecível momento, que foi registrado pelas lentes de Canindé Soares. E foi manchete de capa dos principais jornais.
Descanse em paz e sempre linda, querida Lila. Por aqui vamos tentando amenizar as saudades com suas ótimas lembranças. Marina e Marianna estão na boa companhia daquela que se transformou numa segunda mãe: a gigante amiga Lorenda Morais. E o apoio da sempre presente Tiana Costa. Quem tem amigos, já diz o ditado, tem tudo. E seus irmãos maravilhosamente amados.
A homenagem de Flávio Rezende, que foi nosso elo familiar
Autor(a): Eliana Lima