22 FEV 2022
Com o apoio da Cooperação Técnica Alemã, que vai disponibilizar mais de R$ 4,5 milhões, o Instituto de Inovação do Senai em Natal, RN, vai desenvolver querosene sintético de aviação com objetivo a redução de emissões de gases do efeito estufa em voos.
Até 2023 serão realizadas as obras de adaptação dos reatores e dos equipamentos já existentes para produzir o combustível.
Segundo o Senai, o "querosene sintético renovável, ou e-querosene, como também é chamado, será produzido a partir da glicerina, um co-produto do biodiesel – por meio de um processo químico denominado rota Fischer-Tropsch. A glicerina será transformada em gás de síntese (monóxido de carbono e hidrogênio verde) e, após processos químicos e industriais, será transformada em combustível. Como a produção é sustentável, ao ser consumido o combustível não contribuirá para o aquecimento global – já que o balanço de carbono tende a ser neutro".
Explica que já existe regulamentação nacional - da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) - e internacional - ASTM (American Society for Testing and Materials) - indicando que o combustível renovável pode ser misturado com querosene de aviação de origem fóssil em até 50% da composição.
Diretor do Projeto H2Brasil da GIZ, Markus Francke explica:
- A mobilização da sociedade, governos e empresas com a redução das emissões é cada vez maior e no setor de aviação não é diferente. Essa parceria é muito importante para desenvolver alternativas para a descarbonização da aviação brasileira, bem como valorizar vocações locais combinando energias renováveis e co-produtos industriais para a produção de SAF.
Autor(a): Eliana Lima