23 MAR 2023
O Sindicato do Crime (SDC) vai comemorar segunda-feira (27) dez anos de criação.
Facção que surgiu dentro da Penitenciária de Alcaçuz após a ruptura de presos potiguares com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções da América Latina, fundada em São Paulo.
Desde então, o dia 27 de março leva a segurança pública do RN a monitorar comemorações de festas em regiões dominadas pelo grupo.
Neste ano de 2023, em meio à onda de ataques orquestrados sob o comando do SDC, a facção emitiu comunicado, que normalmente circula em grupos de WhatsApp, do mesmo jeito sempre, em letras maiúsculas e erros de português.
Dessa vez informa que os membros não estão autorizados a praticarem extorsão, e avisa que as mensagens que comerciantes estão recebendo não partem da “organização”.
Diz que o governo potiguar estava “ciente” da “manifestação antecipada” da facção e “permitiu acontecer [ataques] por falta de pronúncia” aos “pedidos e avisos de reação” que lançaram em torno do sistema carcerário.
O cessar fogo ocorrerá a partir da meia-noite desta sexta-feira (24), diante da decisão do estado de que aplicará recursos do Fundo de Segurança Pública em melhorias no sistema prisional.
E avisa que no período de armistício, se o governo não realizar os benefícios para o fim de “situação desumana e de maus tratos”, a “organização” voltará às ruas, com um detalhe: usará “força total”.
Diz ainda que as “denúncias, relatos e reivindicações” que fizeram e não obtiveram resposta “ocasionaram toda essa guerra contra o governo opressor do estado”, que serão “todas expostas pra população entender a razão de tudo isso logo mais”.
Em tempo
Ao BZN, as polícias informaram que não vão baixar a guarda acreditando em cessar fogo emitido pelo crime. A operação ostensiva continua.
Autor(a): Eliana Lima