A última vez que ouvi falar em “purificar” pessoas foi em estudos da ideologia nazista marcada por discurso que defendia ideias eugenistas. Ou seja, possibilidade de uma “purificação da raça humana”. 

Não tive como não lembrar desse tempo macabro da história mundial ao ouvir o presidente Lula falar contra o ódio com ódio no semblante e nas palavras.

Principalmente quando fala “é preciso purificar essa gente”. Isso após falar indiretamente no ex-presidente Bolsonaro, a quem julgou mentir “11 vezes por dia”.

A plateia foi ao delírio.

Lembrei-me do delírio que ia a plateia ao ouvir os discursos hitlerianos de ideologia autoritária e nacionalista, antiliberalista, com menosprezo pelas democracias liberais, o que incluía o modelo parlamentarista existente na Alemanha.

Cruz-credo. Pode ter sido um comentário infeliz. Mas são palavras do presidente de uma nação. Principalmente numa nação dividida ao meio por dois políticos altamente antagônicos.

Assustador. Muito mais num período de perseguição aos defensores de direita.

Autor(a): Eliana Lima