O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta sexta-feira (15), o julgamento da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O processo, em andamento no plenário virtual, já conta com maioria pela condenação da parlamentar.

O caso estava suspenso desde março, quando o ministro Nunes Marques pediu vista. A relatoria é do ministro Gilmar Mendes, que votou pela condenação a 5 anos e 3 meses de prisão. Ele foi acompanhado por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Antes da conclusão do julgamento, Cristiano Zanin e Dias Toffoli anteciparam votos no mesmo sentido.

Ainda restam votar Nunes Marques, André Mendonça, Luiz Fux, Edson Fachin e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

A acusação aponta que, em outubro de 2022, Carla Zambelli perseguiu, armada, um homem em um bairro nobre de São Paulo. A vítima seria apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso a condenação seja confirmada, a pena será somada aos 10 anos de prisão e à perda do mandato parlamentar, já decididos pela Primeira Turma do STF.

No início deste ano, Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto foram condenados por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, com objetivo de inserir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Antes do trânsito em julgado, a deputada deixou o Brasil e se refugiou na Itália. Incluída na lista de difusão vermelha da Interpol, foi presa em 29 de julho no país europeu. Atualmente, está no presídio feminino de Rebibbia, em Roma. Na primeira audiência, em 1º de agosto, a Justiça italiana determinou sua permanência na prisão durante a análise do pedido de extradição, autorizando, no entanto, o uso de medicamentos.

Autor(a): BZN