Cidade

Um ano após massacre em Alcaçuz, ninguém foi punido e superlotação ainda preocupa

15 JAN 2018

Exatamente um ano se passou desde a maior rebelião registrada dentro do sistema prisional do Rio Grande do Norte, que resultou no maior massacre já ocorrido em um presídio potiguar. O dia 14 de janeiro de 2017 foi marcado pelo início de uma batalha entre facções criminosas na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, que resultou na morte de 26 detentos, a maioria decapitada e com hemorragia. O Estado demorou quase duas semanas para retomar a sua maior unidade prisional. Hoje, Alcaçuz está visivelmente mudada, com pavilhões reformados, limpos e procedimentos de segurança atualizados. Mas, um aspecto não mudou: a superlotação.
 
Atualmente, Alcaçuz tem 2.100 detentos, quase o dobro de quando estourou a rebelião. Neste sábado (13), mulheres de alguns deles se reuniram na frente da unidade e participaram de um culto em memória dos mortos. A cerimônia foi acompanhada de longe por agentes da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária, que vieram ao RN para comandar a retomada da penitenciária. 
 
Com capacidade para 620 internos, Alcaçuz tinha 1.200 presos no dia da matança. E isso quando a penitenciária tinha seus 5 pavilhões funcionando. Hoje, são 2.100 detentos distribuídos em três pavilhões.
 



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