O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) celebra, em 2025, 75 anos de atuação no Brasil. Desde que iniciou suas atividades no país, a agência da ONU tem sido protagonista na promoção dos direitos de crianças e adolescentes, contribuindo de forma decisiva para avanços na saúde, educação, proteção e cidadania.

Em 1950, quando o Unicef chegou ao Brasil, 158 a cada mil crianças morriam antes de completar um ano de vida. Hoje, esse número caiu para 12, uma redução de 90%. O índice é um reflexo direto da atuação da agência em parceria com governos, organizações da sociedade civil e instituições locais.

“Nos últimos 75 anos, o Brasil avançou muito na garantia dos direitos de crianças e adolescentes, com conquistas que devem ser comemoradas. E é preciso evitar retrocessos e seguir avançando. Os direitos da infância e adolescência são uma agenda inacabada, pois sempre há desafios antigos que ainda se impõem e novos desafios que surgem”, afirmou o representante do Unicef no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil.

Evento

Para marcar as sete décadas e meia de trabalho, o Unicef lançou, nesta quarta-feira (16), o livro “UNICEF, 75 anos pelas Crianças e pelos Adolescentes – Uma História em Construção” e inaugurou a exposição “Passos para o Amanhã”, no Palácio Itamaraty, em Brasília. A mostra traz seis esculturas em tamanho real, assinadas pelo artista André Alves de Freitas, que representam marcos históricos de transformação em áreas como vacinação, saneamento, educação, cidadania, mudanças climáticas e a redução da mortalidade infantil.

O evento também relembra o papel do Unicef na formulação de políticas públicas como o Programa Nacional de Imunizações (PNI), apoio à Pastoral da Criança, campanhas de aleitamento materno e a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A agência teve papel decisivo na inserção do Artigo 227 na Constituição Federal de 1988, que estabelece a prioridade absoluta dos direitos da infância.

Autor(a): BZN