Pesquisadores franceses batizaram de B.1.640.2, ou IHU, a nova variante do vírus covid-19 que foi identificada em 12 pacientes infectados na cidade de Forcalquier, perto de Marselha, na França. O nome IHU é a abreviação do Instituto Hospitalar Universitário de Marselha.

A descoberta vem de dezembro, mas só agora são conhecidos mais detalhes, como 46 mutações e 37 deleções, resultando em 30 substituições de aminoácidos. 14 delas são na proteína Spike, incluindo as já conhecidas mutações N501Y e E484K também presentes nas variantes Beta e Gama.

A variante é "irmã" filogeneticamente (material genético muito similar) da antiga B.1.640, renomeada agora B.1.640.1. Essa já era uma variante sob monitoramento, encontrada inicialmente, em setembro, na República do Congo.

Os contaminados na França tinham recém viajado para Camarões, na África, onde a cobertura vacinal ainda é mínima. Acredita-se que seja o local de origem.

A suspeita vem de um francês vacinado, que havia apresentado sintomas respiratórios de comprometimento moderado no dia anterior ao diagnóstico. Outros sete pacientes que viviam na mesma área geográfica apresentaram a mesma variante, sendo dois adultos e cinco crianças e adolescentes.

Segundo especialistas do Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha, uma das mutações da IHU está associada a um possível aumento da transmissão do vírus.

Autor(a): Eliana Lima