17 FEV 2025
Wilma Maria de Faria (1945–2017) completaria 80 anos nesta segunda-feira (17). Aquariana nata! Dia que terá celebração na Igreja Santa Terezinha, às 17h30. Todos convidados.
A saudade do Rio Grande do Norte à sua maior política só não é maior porque suas memórias estão eternizadas em muitos avanços. Principalmente em conquistas para as mulheres.
Quem acompanhou a guerreira não aceita o vitimismo de feministas. Porque somos altivas e sem problemas em ecoar o baião “Paraíba”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga: “Mulher macho, sim senhor”.
Wilma de Faria se destacou não apenas na política potiguar, mas também no cenário brasileiro. Enfrentou e venceu homens até então imbatíveis. Oligarcas, idem. Amou sem medo de enfrentar os desafios. Encorajou muitas mulheres. Eu fui uma delas. Fortaleci-me no seu apoio para enfrentar, e conquistar respeito, uma gravidez ainda solteira.
Mãe de três mulheres e um homem, Wilma se desdobrava para dar conta do recado. E conseguia. Quando primeira-dama do RN (1979–1982), engajou-se em projetos sociais e comunitários.
Quando secretária de Trabalho e Bem-Estar Social (1983–1985), no governo de José Agripino, implementou políticas sociais com programas voltados para o bem-estar da população.
Quando deputada federal (1987–1988), participou ativamente na elaboração da Constituição de 1988, que lhe rendeu nota 10 do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Destacou-se por sua defesa de pautas sociais, educação e direitos das mulheres, sendo reconhecida como uma das parlamentares mais atuantes na Assembleia Constituinte.
Sua primeira gestão como prefeita de Natal (1989–1992) foi marcada por um grande volume de obras e projetos estruturantes para a capital-potengi. Tive a oportunidade de acompanhar, como repórter das visitas da prefeita, as mais de 600 obras realizadas, em áreas de infraestrutura urbana, educação, saúde e mobilidade. Ainda no segundo ano de jornalismo da UFRN, a então secretária de Comunicação, Josiane Louvain, deu-me a oportunidade de acompanhar a prefeita e escrever sobre as obras e visitas. Dona Wilma observou meu potencial e abriu mais portas para o meu crescimento profissional. Fiz valer.
No segundo mandato (1997–2002), reeleita, Wilma deu continuidade às iniciativas anteriores e lançou novos projetos de desenvolvimento urbano e social.
A exemplo de se eleger a primeira mulher da capital, Wilma se tornou, em 2003, a primeira mulher a ocupar o cargo, com foco em áreas como educação, saúde e infraestrutura. Implementou programas de incentivo ao desenvolvimento econômico e social do estado.
Não perdia o cavalo quando passava selado, sem o orgulho de ter que descer degraus no tabuleiro político. Foi vice-prefeita entre 2013 e 2017.
Em 2016, foi eleita Vereadora de Natal. Assumiu em janeiro de 2017, mas o câncer que enfrentava há dois anos a levou para a eternidade, no dia 15 de junho daquele ano. Aos 72 anos.
Ficaram maravilhosas lembranças e um extenso legado de pioneirismo e realizações para Natal, para o Rio Grande do Norte e para as mulheres.
Um beijo iluminado, eternamente querida guerreira.
Com Hilneth Correia e Liege Barbalho
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Autor(a): Eliana Lima
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