Política

ALRN: PEC da Previdência e cobrança ao governo

21 JUL 2020

Na sessão remota de hoje (21), os deputados potiguares levaram pontos da PEC da Reforma da Previdência Estadual à pauta. E as estratégias adotadas por oposição e situação para aprovação. 

Gustavo Carvalho (PSDB), dos mais incisivos opositores, bradou:

- Quem de nós chegou nesta Casa sem pedir o voto de alguém? Mas me parece que a governadora Fátima quer aprovar a Reforma da Previdência sem pedir nenhum voto dos deputados. Na política existem o ônus e o bônus e triste do político que queira ter somente uma dessas opções.

Cutucou:

- Tá na hora da governadora focar no que interessa. O assunto do momento é essa reforma. Tá na hora da governadora dizer que a reforma é boa para o Governo. Diga que precisamos aprovar esse projeto. Diga que se enganou. Dê uma entrevista. Admita que a senhora errou e que a reforma não tem volta.

Comparou:

- Na escola, quem coloca a falta são os professores, aqui na Assembleia quem coloca falta são os eleitores. Na escola, no final do ano quem coloca a nota são os professores, aqui são os nossos eleitores. Hoje tem muita gente me aplaudindo, mas na hora que eu votar a favor da Reforma, por considerar ela necessária para o Estado, vão me criticar. Mas eu tenho posicionamento.

Cenário

Nelter Queiroz (MDB) relembrou sobre matéria jornalística publicada em abril de 2017, onde a Diocese de Natal informava que os bispos dom Jaime Vieira, dom Mariano Manzana e dom Antônio Carlos Cruz foram a Brasília para apelar junto à bancada federal que a reforma nacional da Previdência fosse mais branda e que não prejudicasse a população mais carente. 

Comentou:

- Aconselho os bispos a vir conhecer essa PEC que está na Assembleia Legislativa e usar as redes sociais para pedir e convencer os seguidores a não querer a aprovação dessa reforma ou que, pelo menos, ela não maltrate tanto os mais simples, assim como fizeram com a nacional.

Sandro Pimentel (PSOL) reclamou prazo para aprovação da PEC:

- O prazo não é 31 de julho. O prazo é novembro de 2021. Já falei mil vezes, mas as pessoas não se preocupam em ler e interpretar o artigo 9º, parágrafo 6º da PEC 103.

Sobre o mérito da reforma, disse que realizou um estudo com sua equipe de assessores e lembrou que apresentou quatro emendas, mas que era preciso discuti-las.

Costurou:

- Se eu apresentei quatro emendas qual seria meu voto? Favorável! Mas a única coisa que gostaríamos era discutir a PEC para não penalizar tanto os trabalhadores. E o que aconteceu? As bancadas, tanto a de situação como a de oposição nos deram as costas. Não tem chance de votar favorável como ela está, pelo prejuízos todos que todos nós sabemos aos servidores.

Coronel Azevedo (PSC) criticou a propaganda “Verdades e Mentiras”, do governo, sobre a reforma da Previdência:

- É mentira que a reforma é prejudicial ao servidor. Depende para qual tipo de servidor, porque para os pequenos ela é muito prejudicial, muito mais dura do que a aprovada pelo Governo Federal e as alíquotas estão aí para provar.

Autor(a): Eliana Lima



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