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Aluna do CEI Romualdo Galvão é aprovada na USP pelas vagas olímpicas

20 FEV 2025

Algumas universidades no Brasil destinam parte de suas vagas nos cursos de graduação para alunos medalhistas em olimpíadas do conhecimento. Esse é o caso de Letícia Galvão, 18, aluna do Colégio CEI Romualdo Galvão e Roberto Freire, que foi aprovada no curso de Administração da USP pelas vagas olímpicas, após comprovação de histórico de medalhas em diversas competições nacionais.


Além do Enem e outros vestibulares, estudantes do ensino médio também podem tentar essa forma de processo seletivo para o ingresso em cursos de graduação. Anualmente as instituições de ensino superior participantes deste programa abrem edital com informações sobre o processo de seleção e as vagas, incluindo a lista de competições que serão aceitas como forma de pontuação. Em 2024, no edital da USP, foram aceitas 13 olimpíadas nacionais e 13 internacionais. Para concorrer, o aluno precisa realizar a inscrição e comprovar as premiações obtidas.


“Nesse processo, basta enviar a comprovação de premiação e participação em olimpíadas nos últimos dois anos. Não é necessário realizar outros vestibulares ou o ENEM. Atualmente, a USP, Unicamp, UFMG e algumas outras universidades possuem essa forma de ingresso. Além disso, as olimpíadas abrem portas para aprovações internacionais”, explica Letícia Galvão.


O Colégio CEI (RG e RF) possui um programa olímpico próprio, voltado para preparar os alunos para as competições. “Acreditamos que devemos estar constantemente estimulando nossos alunos a potencializar sua aprendizagem. A excelência acadêmica é um pilar pedagógico presente em nossa escola, por isso potencializamos o processo de ensino com um programa olímpico próprio, com aulas voltadas para as Olimpíadas do Conhecimento, aulas ainda mais desafiadoras do que as que os alunos experienciam nas turmas regulares”, explica o professor coordenador do programa na escola, Marcos Medeiros.


O professor ressalta ainda que as olimpíadas contribuem de forma global para a formação acadêmica dos alunos, pois ajuda a desenvolver diversas habilidades: “Auxilia o desenvolvimento de competências e habilidades que vão para além do cenário da competição. O aluno que vivencia a cultura olímpica tende a desenvolver habilidades como raciocínio lógico, pensamento crítico, resiliência e criatividade”.


Entre os anos de 2023 e 2024, Letícia Galvão participou de várias competições, tendo alcançado medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica - OBA (2023 e 2024); prata na Olimpíada Brasileira de Geografia - OBG (2023 e 2024); prata na Canguru de Matemática (2023); bronze na Olimpíada Brasileira de Geopolítica - OBGP (2024.1); bronze na Olimpíada Norte-Nordeste de Química - ONNEQ (2024); e ainda diversas menções honrosas.


“A escola sempre apoiou muito a participação em olimpíadas. Existiam algumas aulas preparatórias opcionais no contraturno, além de uma cerimônia de entrega de medalhas no fim do ano. Os coordenadores estavam sempre disponíveis para tirar dúvidas e auxiliar no processo”, comentou a estudante.


A agora universitária, Letícia Galvão, também foi aprovada em Direito na UFRN, pelo SiSU 2025, curso que decidiu trilhar. Ela destacou ainda a importância das olimpíadas na sua formação escolar e incentivou os estudantes a participarem das competições. “As olimpíadas incentivam o aprendizado constante, além de abrir portas para o ensino superior internacional e nas melhores faculdades do país. Eu diria para os estudantes que não tenham medo de começar! Muitas pessoas acham que você precisa ser um ‘gênio’ para participar. Claro que nem sempre você ganha uma medalha de ouro de primeira, é um processo evolutivo, mas apenas a sua participação já é aceita nos processos avaliativos. Experimentem fazer olimpíadas! Ganhar uma medalha, um certificado ou uma aprovação é muito gratificante no final!”, concluiu.


Autor(a): BZN



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