21 SET 2024
Após lupas de investigação identificarem crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, a Polícia Federal indiciou os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR).
Pesa sobre o emedebistas o suposto favorecimento do grupo farmacêutico Hypermarcas (atual Hypera Pharma) em votações no Senado. Conforme a PF, os parlamentares teriam atuado em favor da empresa para aprovar um projeto de lei sobre incentivos fiscais a empresas em 2015.
O caso estava sob sigilo desde junho de 2018 e foi aberto a partir da delação premiada de Nelson Mello, ex-diretor de relações institucionais da empresa. Ele revelou que a empresa pagou propina aos senadores.
O indiciamento foi enviada para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem agora cabe oferecer denúncia, pedir o arquivamento ou aprovar novas diligências.
No Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se o trio será réu, ou não, o relator do processo é o ministro Edson Fachin.
Por terem mandato eletivo, Renan e Eduardo Braga têm foro privilegiado. Por isso, o indiciamento e uma eventual denúncia seguirão tramitando na Suprema Corte.
No caso de Jucá, a investigação já foi enviada à primeira instância na Justiça Federal no Distrito Federal.
À CNN, a defesa de Eduardo Braga classificou o indiciamento como “ilações esdrúxulas” e criticou o vazamento das informações sigilosas. Os advogados de Romero Jucá repudiaram o indiciamento e disseram que o inquérito se baseia “única e exclusivamente na delação premiada do executivo do grupo Hypermarcas”. Calheiros ainda não pronunciou-se.
Autor(a): BZN