18 JAN 2025
Câmera de segurança da Clínica Veterinária Beylikduzu Alfa, em Istambul, Turquia, registrou o momento em que uma cadela chega carregando o seu filhote inconsciente, no dia 13 de janeiro de 2025.
O filhote estava com hipotermia severa e frequência cardíaca muito baixa. Os veterinários administraram uma injeção de adrenalina e utilizaram um secador de cabelo para aquecê-lo, conseguindo reanimá-lo com sucesso. Durante todo o procedimento, “Mamãe” permaneceu próxima, observando os cuidados ao seu filhote. Atualmente, tanto a cadela quanto seus dois filhotes sobreviventes estão sob os cuidados da clínica e se recuperam bem.
O vídeo foi postado nas redes sociais da clínica no dia 14, sob a legenda: “Ontem foi um dia em que a frase “Viver é uma esperança” ganhou vida. Esta linda cadela mãe pediu ajuda à nossa clínica para salvar seu filhote, que estava prestes a morrer de frio. Nossa luta para manter o filhote vivo começou quando percebemos que seu coração ainda estava batendo. E o que aconteceu depois disso”.
Essa realidade reforça o questionamento de que os animais são “seres irracionais”. Nos últimos séculos, avanços em áreas como etologia, neurociência e psicologia animal mostraram que muitos animais possuem níveis complexos de cognição, comunicação, empatia e até tomada de decisão, desafiando a noção de que são totalmente “irracionais”. Hoje, reconhece-se que muitos comportamentos considerados “instintivos” nos animais envolvem processos cognitivos sofisticados, embora diferentes dos humanos.
Ou seja, a visão dos animais como “irracionais” não é mais amplamente aceita, mas foi um conceito que influenciou a filosofia e a ciência por muitos séculos.
A ideia de “animal irracional” remonta à filosofia antiga, particularmente às ideias de Aristóteles (384–322 a.C.). Ele classificava os seres vivos de acordo com suas capacidades racionais, considerando os humanos como os únicos dotados de razão plena (logos) e capacidade de pensamento abstrato. Para Aristóteles, os animais possuíam apenas instintos e funções básicas, como a reprodução e a busca por sobrevivência, mas careciam de um intelecto racional comparável ao dos humanos.
Durante a Idade Média, pensadores como Tomás de Aquino (1225–1274) reforçaram essa visão aristotélica, integrando-a à teologia cristã. Ele argumentava que apenas os humanos tinham uma alma racional, enquanto os animais agiam por instinto.
No século XVII, o filósofo René Descartes (1596–1650) também influenciou essa visão ao propor que os animais eram como “máquinas” biológicas, sem consciência ou sentimentos verdadeiros, agindo apenas por reflexos mecânicos.
Autor(a): Eliana Lima
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18 JAN 2025