Esse olhar cirúrgico de Leila da Cunha Lima Almeida para registrar as belezas da natureza e do cotidiano está muito bem descrito por José Antônio Rodrigues.

Procuradora do Estado do RN, Leila tem nas fotos seu hobby.

Eis a descrição, sob o título “O olhar das gaivotas de Leila”:

Cem fotógrafos são duzentos olhares focando figuras e paisagens, a natureza viva e morta, focando destinos. São duzentas mãos que formam correntes de horizontes, olhares que pintam de infinito azul o céu que ficou pardo na vida dos que sofrem o medo da morte. Olhares de chegada e não de partida. Olhares de presença e de esperança. Olhares do amanhã, que são raios de sol, resgatando o brilho de outros olhares, acenando com a certeza de um novo dia. 

Dentre os cem que se fizeram duzentos, como na multiplicação dos pães e dos peixes, percebo Leila Cunha Lima, com o seu olhar percuciente, desenhando gaivotas em pleno vôo e transformando-os em cidadãos do mundo. Colocou-as no Museu do Louvre, em Paris, para operar maravilhas, não apenas aos nossos olhos, de admiradores da arte, mas para levantar as pálpebras de olhos tristes, trazendo um alento aos que sofrem, eis que o lenitivo da dor é a esperança. Vôe, Leila, vôe com as suas gaivotas, chegue com elas perto de Deus, diga ao Criador do nosso sofrimento e volte nas asas de suas aves divinas, trazendo-nos as alvíssaras do Senhor Nosso Deus! José Antônio Pereira Rodrigues.

Autor(a): Eliana Lima