O cientista e apresentador de TV Freek Vonk encontrou na Amazônia o que ele descreve como uma nova espécie de sucuri.

Ele nadou com a nova espécie de sucuri-verde, que mede cerca de 8 metros e pesa mais de 200kg.

No Instagram, ele escreveu: 

- Hoje, junto com outros 14 cientistas de nove países, descrevi uma nova espécie de cobra da Amazônia, que pode ser a maior do mundo. 

E não qualquer uma, é uma serpente gigante! 

Descobrimos que a maior espécie de cobra do mundo, a anaconda-verde, como todos a conhecemos pelos filmes e por todas as histórias sobre cobras gigantes, é na verdade duas espécies diferentes! As anacondas verdes que ocorrem no norte da sua área de distribuição na América do Sul (incluindo a Venezuela, o Suriname e a Guiana Francesa) parecem pertencer a uma espécie completamente diferente! Apesar de parecerem quase idênticas, a diferença genética entre as duas é de 5,5%, o que é ENORME. Para pôr isto em perspetiva: os humanos e os chimpanzés são apenas cerca de 2% diferentes geneticamente. 

Demos à nova espécie o nome latino Eunectes akayima, a "anaconda verde do norte". A palavra "akayima" vem de várias línguas indígenas do norte da América do Sul e significa "cobra grande". 

No vídeo, pode ver-se a MAIOR anaconda que já vi, com a espessura de um pneu de automóvel, oito metros de comprimento e mais de 200 kg de peso - com uma cabeça do tamanho da minha. Um "monstro" do maior espanto e admiração!

Já tinha descoberto uma nova espécie antes, mas era uma pequena serpente da Austrália. Agora trata-se de um animal mítico e lendário, no qual posso caber até quatro vezes! Sem dúvida um dos pontos altos da minha carreira científica no qual posso caber até quatro vezes! Sem dúvida um dos pontos altos da minha carreira científica. Também porque esta serpente ocorre na Amazônia, um lugar que me parece ser a minha casa. 

E é por isso que isto é duplo. Porque, por muito excitante que seja a descoberta desta serpente, a Amazônia está sob grande pressão devido às alterações climáticas e à desflorestação contínua da floresta tropical primária. Mais de um quinto da Amazônia já desapareceu, o que corresponde a mais de 30 vezes a área dos Países Baixos. 

A sobrevivência destas icónicas cobras gigantes está indissociavelmente ligada à proteção do seu habitat natural. Esta investigação põe em evidência a necessidade de sermos frugais em relação à nossa maior floresta tropical úmida do mundo.

Autor(a): BZN