Mundo

Cientistas identificam animais em mercado chinês que podem ser a origem da covid-19

20 SET 2024

Foto: Cão-guaxinim, civeta, ratazana de banbu

Pesquisadores da Europa, Estados Unidos e Austrália encarregados de encontrar as origens da covid-19 analisaram dados anteriormente divulgados por especialistas do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças. Os resultados foram publicados, nessa quinta-feira (19), na Revista Cell.


A partir de análises de material genético recolhido no mercado chinês onde foi detectado o primeiro surto, concluíram que os animais mais prováveis para a transmissão da doença são os cães-guaxinim, civetas e ratazanas de bambu. 


Os cientistas suspeitam que os animais infectados foram trazidos pela primeira vez para o mercado Huanan, em Wuhan, centro da China, no final de novembro de 2019, o que desencadeou a pandemia. Identificaram quais subpopulações de animais podem ter transmitido o coronavírus a humanos, o que pode ajudar a identificar os locais onde o vírus circula habitualmente nos animais. A nova análise sugere que a pandemia "teve as suas raízes evolutivas no mercado" e que é muito improvável que o vírus estivesse a infectar pessoas antes de ser identificado. 


O estudo, no entanto, não é conclusivo. E não resolve o debate sobre se o vírus terá surgido de um laboratório de investigação situado em Wuhan. Em abril último, a agência de notícias Associated Press apurou que a busca pelas origens do coronavírus na China encontra barreiras diante de divergências políticas internas e oportunidades perdidas por funcionários de saúde locais e globais para reduzir as possibilidades. Cientistas dizem que talvez nunca cheguem à certeza de onde veio exatamente o vírus. 


Sabe-se que a covid-19 estava circulando no mercado de Huanan, que estava repleto de animais, entretanto a questão que ainda permanece é como chegou lá em primeiro lugar.


Em tempo 


Vem das fezes do civeta o Kopi Luwaki, café considerado o mais caro do mundo.


animal é alimentado com os frutos das plantas de café, que depois são recolhidos das suas fezes. A civeta não chega a digerir todo o grão de café maduro, as enzimas de seu estômago o modificam e fornecem características diferenciadas. O metabolismo do mamífero é capaz de aproveitar a polpa da baga, mas a semente não é digerida e então é devolvida, mais rica, à terra.


Autor(a): BZN



últimas notícias