Artigo da colunista de política Mary Anastasia O’Grady, do Wall Street Journal, intitulado “The Brazilian Way of Lawfare Gets Bolsonaro” (O Jeito Brasileiro de Lawfare Pega Bolsonaro) é mais um vexame para a Justiça brasileira.

No texto, ela critica a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão por suposta conspiração para derrubar o governo de Lula da Silva (PT).

O’Grady considera que a corte atuou de forma politizada e “empilhou o jogo” contra Bolsonaro, permitindo que o processo fosse julgado diretamente em Brasília, sem passar por instâncias inferiores. Ela destaca o voto divergente do ministro Luiz Fux, que apontou violações ao devido processo legal, ausência de provas consistentes e excesso de material da acusação entregue sem organização à defesa.

A jornalista também questiona a imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso e “notório adversário de Bolsonaro”, e lembra que outros magistrados próximos a Lula também votaram pela condenação. Para Mary O’Grady, o julgamento representa mais um capítulo do que ela chama de lawfare no Brasil - o uso da Justiça com fins políticos.

O artigo repercute ainda episódios anteriores, como a anulação das condenações de Lula em 2021 e as restrições impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral durante a campanha de 2022. Para a colunista, o STF ignorou a falta de evidências concretas e apenas cumpriu o objetivo de colocar Bolsonaro atrás das grades.

Autor(a): BZN