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Comandante Graco decolou para o plano iluminado. Foram 100 anos de vida

11 NOV 2022

Foto: Sua festa de 100 anos na Revista Bzzz

Piloto da FAB que seguiu carreira civil e transportou governadores do Rio Grande do Norte, Graco Magalhães Alves decolou no ano em que completou um centenário de vida. 


A pneumonia voltou para uma nova batalha. Dessa vez ele não quis mais lutar e foi ao encontro da eterna amada Elza Pedroza. Morreu em casa, na manhã de hoje (11), na mesma cama em que nasceu, que filho Toninho Magalhães trouxe da casa da avó em Minas Gerais.


O velório será no Centro de Velório da Rua São José e o sepultamento no jazigo da família Magalhães Alves no Cemitério do Alecrim, neste sábado (12), às 10h, onde descasam a esposa e o filho Nelson.


Mineiro de São Lourenço que morou em Natal há mais de 70 anos, Graco Magalhães Alves chegou aos 100 anos de idade com impressionante lucidez. Até ontem (10) contava as piadas do alto do seu bom humor. Esperou a filha Karla chegar da Califórnia (EUA) para se despedir em grande estilo da arte de saber viver.


No dia 20 de junho ele conseguiu deixar o hospital para celebrar seus 100 anos em uma noite memorável no Versalles Recepção, Natal.


Em maio de 2014, aos 92 anos, foi homenageado com o título honorífico de Cidadão Norte Rio-Grandense. 


Aviador militar e civil, o comandante Graco aterrissou em solo potiguar no ano de 1945, como tenente da FAB.


Em Natal, foi piloto oficial de seguidos governos estaduais: Ubaldo Bezerra (interventor), José Varela, Dix-sept Rosado, Sylvio Pedroza, Dinarte Mariz, Aluízio Alves, Monsenhor Walfredo Gurgel, Cortez Pereira, Tarcísio Maia, Lavoisier Maia, José Agripino Maia e Geraldo Melo.


Antes, teve birô no Palácio Potengi, servindo no governo do cunhado Sylvio Pedroza. 


Pilotou avião e helicóptero. Além de aviador, foi empresário (agente de empresa de aviação), fazendeiro, criador de cavalos e, por muito tempo, colaborador do jornal Tribuna do Norte. 


Em 2009, publicou o livro Voar é preciso, com prefácio de ninguém menos que o gigante poeta Sanderson Negreiros.


Conhece como poucos a história polícia e o desenvolvimento de Natal e do Rio Grande do Norte. Não esquece sequer detalhes. Uma conversa com ele é memória viva.


Suas marcas registradas são, além do grande profissionalismo, a gentileza, o cavalheirismo, a educação, a inteligência, a memória sem falhas. Um verdadeiro gentleman.


Na festa do centenário, fez questão de falar e agradecer. E deixou um momento histórico para a FAB.


Valeu, Graco, pela vida que transbordou de esperanças!


Nas eleições deste ano, fez questão de realizar seu dever cívico. Foi depositar seu voto na urna com o filho que foi sua base de zelo e amor: Toninho Magalhães:



Autor(a): Eliana Lima



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