Política

Consórcio Nordeste: CPI da Covid no RN ouve hoje três deputados paraibanos

30 SET 2021

Foto: João Gilberto/ALRN

A CPI que apura sobre investimentos, aplicação e ações no RN em torno da pandemia de covid ouvirá hoje (30) três deputados da Paraíba, para falar, como convidados, sobre a investigação acerca da compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste. Serão os parlamentares Cabo Gilberto (PSL), Wallber Virgolino (Patriota) e Davi Maia (DC).

De ontem

E na reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira (29), a CPI na Assembleia Legislativa do RN ouviu a coordenadora-geral do Samu, Wilma Maria Fernandes Dantas, como testemunha, sobre a contratação de ambulâncias para o transporte de pacientes em determinado momento da pandemia da covid-19 no estado. Na ocasião, os parlamentares informaram que também farão investigação sobre suposta tentativa de coação ou treinamento para depoimentos de testemunhas que têm sido ouvidas pela CPI.

Os parlamentares questionaram sobre a formatação do contrato e também execução do serviço. A testemunha disse que o serviço foi útil e que não observou irregularidades. O presidente da CPI, Kelps Lima (Solidariedade), e o deputado Gustavo Carvalho (PSDB) quiseram saber os da suspensão do contrato, já que ela o considerava importante. Também o motivo pelo qual o empresário que teve o contrato suspenso não acionou a Justiça.

Disse Kelps:

- São dúvidas que até agora não foram respondidas, nem pelas testemunhas, nem pelo empresário. Houve uma vistoria que não há fotos do interior das ambulâncias, e isso também é de se estranhar, assim como também é de se estranhar que o Governo tenha encerrado o contrato se o pagamento ocorria somente por demanda. Esse é um dos contratos mais suspeitos que estão sendo investigados pela CPI.

Outro lado

Relator da CPI, o deputado Francisco do PT disse que todas as pessoas ouvidas pela CPI atestaram a importância do contrato e que não há, em sua opinião, indícios de irregularidades. "Como poderia haver um arranjo em que um envolvido tem prejuízo?", questionou o parlamentar, que teve o entendimento semelhante ao do deputado George Soares (PL), também membro da CPI.

Kelps alertou que recebeu relatos de que testemunhas estariam tendo acesso a oitivas momentos antes de seus depoimentos, o que não é permitido. Disse que vai apurar supostas tentativas de coação dos servidores convocados a depor na CPI e se essas testemunhas também teriam sido "treinadas" pelo governo estadual para os depoimentos. "Caso esteja acontecendo, é algo que não vamos admitir", afirmou o presidente.

Autor(a): Eliana Lima



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