30 AGO 2024
O túmulo de Santa Teresa de Jesus de Ávila, fundadora da ordem das Carmelitas Descalças e uma das figuras mais emblemáticas da mística cristã, foi reaberto quarta-feira (28), para novos estudos, e está nas mesmas condições da última abertura, em 1914, declarou o postulador geral da Ordem do Carmelo Descalço, padre Marco Chiesa. O corpo permanece incorrupto desde 1582, quando a santa morreu.
O sepulcro fica na Basílica da Anunciação, na Espanha. Um grupo de médicos e cientistas italianos estudará o corpo e as chamadas "reliquias maiores", para análise, preservação e veneração. Estes especialistas seguirão as diretrizes do Dicastério das Causas dos Santos do Vaticano.
Os especialistas destacaram a "excelente" fabricação e o "magnífico" estado de conservação do sepulcro, presente do rei Fernando VI e sua esposa Bárbara de Bragança.
Para a abertura, foram utilizadas as famosas dez chaves do sepulcro: três mantidas em Alba de Tormes, três emprestadas pelo Duque de Alba, três mantidas em Roma pelo Padre Geral e a chave do rei. Três dessas chaves são usadas para abrir a grade externa, três para abrir o sepulcro de mármore e as outras quatro para abrir a urna de prata.
O estudo espiritual visa determinar o estado de Santa Teresa no momento de sua morte. "Sabemos que os últimos anos foram difíceis para ela, devido às dificuldades para caminhar e às dores que ela mesma descreve. Às vezes, olhando para um corpo, descobrimos mais do que a pessoa revelava. Analisando o pé em Roma, vimos a presença de espinhas calcárias que tornavam quase impossível caminhar. Mas ela caminhava. Chegou a Alba de Tormes e, depois, a morte, mas seu desejo era continuar, apesar dos defeitos físicos", explicou o padre Marco Chiesa.
Autor(a): BZN