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Corrupção no futebol português: operação no Benfica e no Santa Clara

09 NOV 2020

Foto: Reprodução

A imprensa portuguesas informa que na manhã de hoje (9) a Polícia Judiciária (PJ) realizou buscas no Estádio da Luz, tendo como alvo alto escalão do Benfica, como o presidente Luis Filipe Vieira.

A operação também chegou ao Açores, no Clube Desportivo Santa Clara. Na mira, o presidente Paulo Gonçalves.

As suspeitas são corrupção desportiva, como subornos a atletas de clubes adversários, entre eles o Marítimo e o Rio Ave, para garantir com que o clube da Luz ganhasse em dispostas em campo.

As buscas são para reunir informação em torno de vários processos que estão em curso no Ministério Público, que deve apontar acusações.  

A operação, articulada por magistrados do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, foca também em empresários e outros agentes que, nos últimos anos, se relacionaram com o Benfica e seu presidente.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República (PGR), sem informar nomes de clubes, confirma que foram realizadas 29 buscas no âmbito de "negócios do futebol", sem oito em domicílios, uma fundação, seis a “instalações de três sociedades desportivas; nove, a outros tipos de sociedade; três, a dois clubes desportivos e duas, a dois escritórios de advogados”.

Diz que nos “inquéritos investigam-se factos suscetíveis de integrarem crimes de participação económica em negócio ou recebimento indevido de vantagem, corrupção ativa e passiva no fenómeno desportivo, fraude fiscal qualificada e branqueamento. Estão em causa negócios de diversa natureza, todos relacionados com o futebol profissional e relativos, nomeadamente, a contratos de parceria de cooperação financeiro-desportiva e respetivos aditamentos bem como a acordos de alteração de contrato de parceria. 

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Sob as lupas de investigação, também moram aquisições dos "direitos desportivos e económicos dos jogadores por parte de clubes nacionais de futebol, empréstimos concedidos a um destes clubes e a uma sociedade desportiva por um cidadão de Singapura com interesses em sociedades sediadas nas Ilhas Virgens Britânicas e a utilização das contas do mesmo clube e de outro, para a circulação de dinheiro". 

Além do “envolvimento de outros tipos de sociedades (algumas ligadas ao setor imobiliário), o pagamento em dinheiro de prémios de jogo, a satisfação de dívidas pessoais de dirigentes, a utilização por estes de valores dos clubes e a omissão declarativa de operações fiscalmente relevantes.

Autor(a): Eliana Lima



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