21 OUT 2020
O ministro Eduardo Pazuello (Saúde), que está com covid-19, assinou ontem (20), após reunião virtual com governadores, protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, para ampliar a oferta de vacinação aos brasileiros.
O ministério já tinha acordo com a AstraZeneca/Oxford, que previa 100 milhões de doses da vacina, e outro acordo com a iniciativa Covax, da OMS, com mais 40 milhões de doses.
Maaasss...eis que o presidente Jair Bolsonaro desautorizou. Ao afirmar que o governo federal não comprará a vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Disse que antes de ser disponibilizada para a população, a vacina deverá ser “comprovada cientificamente” pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa.
Nas suas redes sociais, escreveu:
O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem.
Voz
Na manhã de hoje (21), o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, justificou que “houve uma interpretação equivocada da fala do ministro da Saúde” e não que não existe qualquer compromisso com o governo de São Paulo para aquisição de vacina contra a covid-19.
Declarou
- Tratou-se de um protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante, por se tratar de um grande parceiro do Ministério da Saúde na produção de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações [PNI].
E que “não há intenção de compra de vacinas chinesas”.
Foi taxativo de que qualquer vacina disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo Ministério da Saúde, será oferecida aos brasileiros por meio do PNI e, “no que depender desta pasta, não será obrigatória”.
Autor(a): Eliana Lima