Economia

Dia Internacional das Mulheres na Engenharia: jovens engenheiras que querem fazer a diferença

22 JUN 2022

Foto: Ana Adalgisa é a atual presidente do Crea-RN

As mulheres estão com toda prosa na conquista de mais espaços nessa profissão majoritariamente masculina.

E querem mais. Ainda mais. 

Reconhecimento e igualdade, principalmente. 

E amanhã (23) é o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia - data criada para fortalecer mais o objetivo dessas feras. 

Atualmente, mais de 200 mil mulheres têm registro ativo no Conselho Federal de Engenharia (Confea), nos Conselhos Estaduais (Creas) e na Caixa de Assistência dos Profissionais (Mútua). 

Pois bem

Sara Dantas faz parte da nova geração que sabe o que quer. Com 23 anos e cursando o 7º período de Engenharia Civil na UFRN, já ocupa função importante e de confiança na Incorporadora Kactus Hub, em Parnamirim: é responsável pelo Controle de Qualidade da obra, fazendo a fiscalização dos serviços conforme as certificações que a empresa possui, como o ISO 9001. Além disso, auxilia nas atividades diárias na construção. 

Discorre a futura profissional:

- Meu maior desejo é poder ver os resultados de exercer uma boa engenharia com as oportunidades que eu tiver. Ver famílias conquistando seus lares, comunidades sendo desenvolvidas social e economicamente através da área da construção, contribuir para a geração de empregos e mudança de vida da população. Quero que a minha profissão não se torne apenas uma forma de ganhar dinheiro, mas que influencie e gere mudança na vida de outras pessoas. 

Olha ela!

Gabriela Buarque, 24 anos, já passou pela mesma experiência de Sara. Formada pela UFRN no ano passado, está há 5 anos na Kactus Hub, onde começou como estagiária e atualmente faz parte do quadro de profissionais da empresa. Trabalha na área de planejamento, concepção e análise de viabilidade de novos projetos e no monitoramento dos projetos em andamento.

Diz: 

- Acredito que o fato de eu ter escolhido essa profissão, assim como outras mulheres, contribui para que mais e mais mulheres também se sintam encorajadas a dar esse passo. Com o tempo, espero que em breve, esse assunto não seja mais um impasse que trará medo e insegurança às futuras engenheiras. 

Poderosa

Aline Brito também está nos primeiros passos nesse caminho. Com 23 anos e no 5º período do curso no IFRN, ela compartilha experiências com as demais colegas da incorporadora e está descobrindo os desafios diários da profissão. 

Encoraja:

- É um desafio que aos poucos estou vencendo. Creio que nós, mulheres, temos um diferencial que é a determinação em cumprir metas, da forma mais correta possível. Mas é necessário mais reconhecimento das nossas capacidades. Temos que ser corajosas e acreditarmos no nosso potencial. 

Destaque

Co-fundador da Kactus Hub, Rafael Matheus considera que dar espaço para mulheres atuarem na engenharia é proporcionar a empresa e obras um grande diferencial. “As mulheres têm um outro olhar sobre o mundo. Elas contribuem com muita inteligência e competência sobre tudo que se dispõem a fazer. Nossa equipe ganhou muito com todas as mulheres que fazem parte dela e nós vamos continuar incentivando essa participação cada vez mais”, promete.

Campeão

O Rio Grande do Norte é pioneiro na ocupação de espaços importantes por mulheres engenheiras. 

O Crea-RN (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) foi o primeiro do país a ter uma mulher no comando, com Zélia Maria Juvenal, em 1994. 

De lá pra cá, outras duas mulheres já ocuparam a presidência da instituição, como ocorre atualmente. Desde 2018 é presidido pela engenharia civil Ana Adalgisa Dias. 

Informa que a participação das mulheres no setor vem aumentando todos os anos. “As mulheres estão expandindo a sua participação no ramo da engenharia. Cada vez vemos mais mulheres cursando as engenharias, ocupando espaços nas obras, nas indústrias e em cargos de direção e liderança”. 

Autor(a): Eliana Lima



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