23 DEZ 2024
Duas das 17 pessoas feridas em terra pela queda de um avião bimotor na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, continuam internadas, em estado grave. As pacientes, duas mulheres, foram transferidas nesse domingo (22), para hospitais de Porto Alegre, a cerca de 100 quilômetros de distância.
Uma das vítimas do acidente, de 51 anos, deu entrada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Cristo Redentor. Segundo a assessoria do hospital, a paciente sofreu queimaduras de 2º e 3º graus em 30% do corpo. Até a última atualização, ela permanecia sedada e respirava com ajuda de aparelhos.
A outra vítima atingida em solo, de 56 anos, teve queimaduras em cerca de 40% do corpo e está sendo acompanhada na UTI do Hospital de Pronto Socorro da capital gaúcha. Os nomes das duas pacientes não foram informados.
As outras 15 pessoas que estavam em imóveis atingidos pela aeronave ou próximos ao local do acidente e precisaram receber atendimento hospitalar foram liberadas entre ontem à tarde e a manhã de hoje. Ao cair sobre a área urbana de Gramado, por volta das 9h30 de ontem, o avião do empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, chocou-se contra a chaminé de um edifício, uma casa e uma loja de móveis. Além disso, destroços resultantes do acidente atingiram uma pousada, ferindo hóspedes e funcionários.
Ex-diretor do Grupo Pão de Açúcar e sócio da empresa de consultoria Galeazzi & Associados, o dono do turbo-hélice modelo PA-42-1000, da fabricante Piper Aircraft, prefixo PR-NDN, viajava na companhia de outras nove pessoas: sua esposa, Tatiana Natucci Niro; três filhas adolescentes do casal; a sogra de Galeazzi, Lilian Natucci; a cunhada do empresário, Veridiana Natucci Niro; o marido de Veridiana, Bruno Cardoso Munhoz de Guimarães, e os dois filhos pequenos de Veridiana e Bruno. Nenhum dos ocupantes da aeronave se salvou.
O acidente está sendo apurado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), e pela Polícia Civil. A investigação militar busca prevenir a ocorrência de outros acidentes com características semelhantes e a da Polícia Civil, identificar as causas e os eventuais responsáveis pela tragédia.
A área onde o avião caiu teve que ser isolada – primeiro, para que a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros combatessem as chamas; depois, para permitir que os peritos acessassem o local. A rodovia RS-235, que interliga Gramado e Canela, foi liberada nesta manhã, e o Comando da Rodoviária da Brigada Militar pediu que “curiosos evitem o local, pois equipes seguem trabalhando na área”.
Autor(a): BZN
Fonte: Agência Brasil