03 FEV 2021
O ex-deputado Eduardo Cunha e Tadeu Fillippelli, ex-vice governador do Distrito Federal, acordaram hoje (3) com a visita indesejada de membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT).
A dupla é alvo de operação que investiga recebimento de mais de R$ 10 milhões em propina, pagos pela GOL e Latam, para baixar impostos em combustíveis da aviação.
Batizada de Antonov, como parte da Lava Jato, a operação é realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás, além do DF.
Segundo o MPFDF, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão para dar prosseguimento à investigação de crimes praticados entre 2012 e 2014 relacionados ao pagamento de propina direcionada a Cunha e Filippelli, "visando alteração legislativa distrital para redução de alíquota de ICMS para querosene de avião". De 25% para 12%.
As investigações apontaram indícios de pagamento de propina por parte das companhias aéreas Gol e TAM.
Tudo começou a partir do acordo de delação premiada estabelecido entre o MPF e o operador Lúcio Funaro.
O nome da operação faz referência ao Antonov NA-225, o maior avião cargueiro de asa fixa do mundo, com capacidade para mais de 360 mil kg de querosene de aviação.
A operação teve o apoio dos Gaecos de SP, RJ, ES e GO, do Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI/MPDFT), da Polícia Civil do DF (Cecor) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ.
Autor(a): Eliana Lima