28 OUT 2020
Levantamento da plataforma Ashley Madison, maior plataforma online para relacionamentos extraconjugais do mundo, indica que o Brasil lidera o ranking de países com mais infidelidade e registra um crescimento de 35 mil novos inscritos por semana. Isso mesmo. Por semana.
Além da economia e saúde, a pandemia do coronavírus também provocou impacto claro nos relacionamentos.
Tempos em que 53% estão passando mais tempo com o cônjuge do que antes. Aí, muitos se viram diante de convivência não tão agradável e procuraram por uma válvula de escape. Isso no Brasil, nos Estados Unidos, Canadá etc. E mais. Casais vão em busca de experiências virtuais.
Formato
A Ashley Madison desenvolveu o relatório “Amor além do isolamento” para mapear as razões que levam à traição e entender mais o porquê a quarentena se transformou num período especial para a prática.
Só no Brasil, por exemplo, desde 1º de janeiro deste ano a plataforma registrou 1,3 milhão de novos membros, com uma média de cerca de 35 mil inscritos por semana.
E a procura por um caso continuou crescendo: em agosto, brasileiros iniciaram mais de 18,6 mil novos casos no Ashley Madison.
De acordo com os últimos dados do site, o Brasil é líder no ranking dos 20 países com mais inscritos entre 1º de janeiro e 28 de setembro, per capita.
Convivência
Ao contrário do que se pensa, passar mais tempo dentro de casa não é sinônimo de mais sexo. É fácil achar que, preso e com pouco a fazer, o casal aproveitaria o momento. Mas não é isso que mostram os dados da pesquisa.
No relatório, cerca de 75% dos amantes estão fazendo menos ou nenhum sexo com o cônjuge. Desses, 39% até tentaram reverter a situação e conversar sobre o assunto, mas sem sucesso.
Como consequência, a falta de sexo se mostrou um dos principais combustíveis para traição. 25% dos entrevistados revelaram que esse é, especificamente, o aspecto mais difícil da quarentena — mais ainda do que não ver os amigos ou a família (23%).
Eis a declaração de uma usuária, de 30 anos:
- Pesquisando bastante, encontrei na Ashley Madison muito sigilo e pessoas que pensam igual a mim. Nos primeiros meses da pandemia não senti muita falta de sexo, porque estava com muito medo e apreensiva em pegar o vírus. Mas, depois de um tempo, comecei a ter crises de ansiedade por ficar isolada. Meu marido e eu estávamos trabalhando em home office porém brigando muito dentro de casa. Comecei a me sentir sozinha e sentir falta de contato físico, de sexo.
Tem mais
A carreira solo no sexo também foi outra saída encontrada.
Cerca de 60% está se masturbando com tanta ou mais frequência do que antes da quarentena, enquanto a maioria dos membros (64%) tem mantido um caso durante a pandemia como resultado direto da falta de satisfação sexual em casa.
Autor(a): Eliana Lima
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