Política

Empresa em nome de laranja foi contratada pelo governo federal para obras no presídio de Mossoró

21 FEV 2024

Foto: Depen

O jornal Estadão relevou nesta quinta-feira (21) que a empresa contratada pelo governo federal para realizar obras de manutenção no presídio federal em Mossoró (RN) está em nome de um laranja.

De acordo com o jornal, trata-se da empresa R7 Facilities, que tem faturamento anual de R$ 195 milhões, mas seu proprietário, registrado oficialmente, é um beneficiário do auxílio emergencial que mora na periferia de Brasília.

O contrato foi assinado em abril de 2022, na gestão de Anderson Torres no Ministério da Justiça do governo Bolsonaro, e prorrogado em abril de 2023, na gestão de Flávio Dino, do governo Lula.

Informa que, “curiosamente, os contratos foram firmados pelos setores responsáveis pelos presídios no Ministério, sem a participação direta dos ex-titulares da pasta”.

Segundo o Estadão, existem suspeitas de que “uma das reformas realizadas tenha facilitado a fuga dos presos Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, ligados ao Comando Vermelho, embora não tenha sido determinado qual obra especificamente teria contribuído para que eles conseguissem fugir”.

O Ministério da Justiça informou ao veículo que acionará os órgãos competentes para realizar uma rigorosa investigação sobre a empresa em questão. Ressaltou que, na assinatura do contrato em 2022, a empresa atendeu a todos os requisitos técnicos e apresentou todas as certidões necessárias, cumprindo suas obrigações até o momento.

Ao jornal, a R7 Facilities considerou imprudente a classificação do proprietário como “laranja”, mas não esclareceu as questões levantadas nem deu informações sobre sua atuação em Mossoró.

A empresa, sediada em Brasília, foi contratada por R$ 1,7 milhão para realizar obras de manutenção no presídio federal de Mossoró. Segundo o jornal paulistano apurou, a empresa está no nome do técnico de contabilidade Gildenilson Braz Torres, 47 anos, que recebeu auxílio emergencial durante a pandemia, e mora em uma casa simples na periferia do Distrito Federal e não soube fornecer informações sobre a operação da empresa.

Autor(a): BZN



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