Proprietário da Sabor de Coco, pequena indústria de processamento de coco, o empresário Bruno Talarico Silva desenvolveu uma máquina sob medida para beneficiar o produto mais rapidamente e de forma sustentável. 

Trata-se de uma caldeira elétrica concebida em dimensões compatíveis com o porte de uma pequena indústria, aparelho que, até então, era inexistente no mercado. A principal vantagem é que o equipamento é movido à energia solar.

Bruno contou com a ajuda do engenheiro mecânico Delano Medeiros e o engenheiro de produção João Cardim para elaborar todo o projeto da nova máquina, que recebeu o nome de Macnova Automação Industrial, que serve como braço tecnológico do primeiro negócio e com capacidade de comercialização dos equipamentos desenvolvidos.

Segundo o Sebrae RN, a "invenção veio sanar um dos gargalos da linha de produção ao automatizar a extração da amêndoa do coco seco, que ocorre com o aquecimento ou cozimento para separar a parte comestível da casca. A caldeira foi desenvolvida para otimizar justamente o processamento do coco, que dentro da produção era o processo mais demorado e com maior risco de segurança, já que o maquinário existente para essa etapa, normalmente é de grande porte industrial, impossibilitando a operação em uma planta menor".

Instalada em Parnamirim, na Grande Natal, a Sabor de Coco funciona há oito anos no mercado de produtos derivados do coco, com mis que vai desde o desidratado em flocos, em lascas, passando pelo coco queimado e crocante, até o óleo, a farinha e o carvão de coco. 

Em tempo

A proposta da Macnova foi viabilizada com a seleção no edital do programa Centelha, que destina aporte financeiro para a área de inovação com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Sebrae no Rio Grande do Norte, desde 2019. No total, os projetos da Macnova receberam apoio de R$ 240,6 mil para implementar as operações da nova empresa e, consequentemente, o desenvolvimento do equipamento idealizado e nos processos de automação da Sabor de Coco.

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O projeto da Macnova se integra aos preceitos para o financiamento dos dois programas, o Centelha e o Tecnova, cujos critérios para aprovação dos projetos inscritos na Chamada Pública passam por uma ideia inovadora que solucione problemas em áreas, como produtividade e sustentabilidade, por exemplo. 

Empresário Bruno Talarico e o engenheiro de produção João Cardim exibem forno com tecnologia movida à energia fotovoltaica 

Autor(a): Eliana Lima