Saúde

Especialista do Huol explica sobre novo tratamento que reduz em 37% o risco de morte por câncer de próstata

17 FEV 2023

O Huntsman Cancer Institute, da Universidade de Utah (EUA) desenvolveu um novo tratamento para câncer de próstata, financiado por uma farmacêutica americana.


Os dados do estudo de fase 3 realizado com 1.106 pacientes foram apresentados nessa quinta-feira (16) no Simpósio de Câncer Genitourinário da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO GU).


Pesquisadores moatraram a capacidade de redução de 37% nos riscos de morte por câncer de próstata com metástases e a progressão da doença. A pesquisa ainda será revisada por pares e publicados em revista científica. 


Para o ensaio, os cientistas selecionaram homens diagnosticados com câncer de próstata metastático resistente à castração, quando tumores se espalharam e o quadro continuou avançando mesmo com tratamento para diminuição da testosterona. A condição acomete 10% a 20% dos pacientes em até sete anos após o diagnóstico da doença. No estudo, duplo-cego e controlado por placebo, parte dos pacientes recebeu a combinação dos medicamentos Talzenna e Xtandi. Os demais foram tratados com placebo e Xtandi. 


Na proposta de tratamento, o diferencial é o uso do Talzenna, que tem aprovação em mais de 70 países, mas para casos de câncer de mama. A aposta em lesões na próstata se deu após análises indicarem seu potencial contra outros tipos de tumor. 


Com os resultados, a agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu a revisão prioritária para um novo medicamento combinando as duas drogas. Concessão dada quando remédios demonstram potencial para fornecer avanços no tratamento de doenças ou que podem ser uma nova terapia para episódios que não progridem com as opções disponíveis. 


Detalhes


Médico oncologista do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), Thiago Rego considera que “a descoberta é extremamente promissora e de fácil aplicabilidade, por utilizar uma medicação recentemente aprovada no Brasil, pela Anvisa, para o tratamento do câncer de mama, agora se constatando que este mesmo fármaco, associado com outra sustância, tem potente efeito também contra o câncer de próstata”.


Para ela é “ainda mais animador o cenário de acesso aos usuários brasileiros, tanto dos SUS quanto dos convênios de saúde, pois muitas etapas regulatórias já estão superadas, pelo perfil do estudo, envolvendo uma droga com ampla pesquisa de segurança e eficácia, criando uma perspectiva de rápida disponibilidade”.


Que bom!

Autor(a): Eliana Lima



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