Estudantes contrários ao presidente Bolsonaro invadiram na noite desta terça-feira (18) a tradicional e centenária Igreja da Paz, templo protestante que fica no centro em Joinville, Santa Catarina, no momento em que acontecia celebração de culto.

A ocupação ocorreu na área em que fica uma das unidades da Faculdade Ielusc, onde também está localizada a igreja, e entrou no Centro Cultural Deutsche Schule, que integra a área da unidade educacional luterana.

Com gritos de ordem “ocupar e resistir” e “os estudantes não aceitam opressão”, portavam bandeiras de partidos de esquerda, símbolo do comunismo, adesivos e faixas como o nome do presidenciável Lula da Silva (PT). 

Membros da instituição religiosa fizeram postagens nas redes sociais, que foram compartilhadas pelo perfil da igreja, lamentando o fato.

O protesto foi motivado diante do afastamento da professora Maria Elisa Máximo, após comentário nas redes sociais em que ataca eleitores do presidente Bolsonaro (PL) e moradores de Joinville, como “gente brega, feia e fascista”.

Escreveu a professora:

– Joinville sendo o esgoto do bolsonarismo, pra onde escoou os resíduos finais da campanha do imbroxável inominável. Não tem quem escape: há gente brega, feia e fascista pra todos os lados.

Ielusc

Sobre o afastamento, a instituição disse que o propósito “é de neutralidade política, por ser apartidária”, e já havia enviado comunicado aos professores e funcionários solicitando que posicionamentos pessoais que pudessem ser vinculados como sendo da instituição fossem evitados.

Em tempo

A Igreja da Paz é o templo mais antigo da cidade catarinense de Joinville, com  arquitetura que guarda as estruturas iniciais da primeira Casa de Oração, inaugurada em 1864.

Autor(a): Eliana Lima