26 JUN 2023
Vez e outra explode um comentário ou áudio vazado de grupos de WhatsApp, ou mesmo individual, que expõe pessoas, familiares, amigos, autoridades etc.. Tals.
E na tribuna do imediatismo virtual, a execração é geral. Impiedosamente.
Mundo em que não existe presunção de inocência.
Nem muito menos espaço para esclarecimento. Na grande maioria das vezes, explicação ou pedido de desculpa sai como na velha máxima “Pior a emenda que o soneto”.
Noves fora o repugnantemente áudio do defensor público do Rio Grande do Norte, há que atentar-se.
Até que ponto um comentário de confiança em um ambiente privado pode condenar uma pessoa à execração pública sem a chance de defesa?
Quando e como podemos confiar em comentário ou informação informal, digamos assim, em um grupo de amigos etc. na plataforma WhatsApp? Ou também em mensagem individual.
Quem é realmente amigo? Em quem realmente confiar? As pessoas são confiáveis ou devemos ser precavidos sempre?
Vivemos uma época em que ‘amizades’ se desnudam em falsidade?
Penso que o imediatismo, principalmente em tempos de seletividade extrema, é um dos males que corroem os tempos pós-modernos.
Entretanto, logo aparecerão os incautos e donos da razão bradando “todo penso é torto”.
Com ou sem emoção? Ou noção?
O que é certo e o que é errado?
Ainda vale a opção pelo livre-arbítrio?
Autor(a): Eliana Lima