Quem nunca ouviu falar a expressão “falar no mau, prepara o pau”?!

São algumas formas de expressão. Nos estudos de Câmara Cascudo, no livro “Locuções Tradicionais no Brasil”, pela Global Editora, assim ele descreve: 

- O aforismo refere-se à simultaneidade entre a menção e o aparecimento de alguém, referido na conversação. Explicam por ação telepática, irradiação inconsciente da pessoa que se aproxima, captada por quem lhe citara o nome. Creio que a repetição do aparente fenômeno provocaria a locução, tornada velha e comum. Poderia, como deduziu mestre João Ribeiro, originar-se do temor de pronunciar o nome do Demônio, atraindo-lhe a presença pela magia da invocação nominal. Quem fala do Diabo, acaba vendo!

Remete

O João Ribeiro (1860-1934) a que Cascudo se refere é o filólogo, historiador e crítico literário brasileiro que fez longo estudo da fraseologia que resultou na obra ‘Frases Feitas’, publicada em 1908 e reeditada pela Academia Brasileira de Letras em 2009 (3.ª edição), com prefácio de Evanildo Bechara e introdução de Joaquim Ribeiro, filho do autor.

Em tempo

Dito e explicação publicados no perfil do Instituto Câmara Cascudo no Instagram.

Autor(a): Eliana Lima