19 MAR 2025
Matéria da Folha de São Paulo, assinada por Priscila Camazano, destaca o papel do Rio Grande do Norte como um estado pioneiro na participação feminina na política brasileira. Segundo a reportagem, o estado foi um dos primeiros a garantir o direito ao voto para as mulheres, ainda nos anos 1920, e se consolidou como a unidade federativa que mais elegeu mulheres para cargos no Executivo.
O avanço da participação feminina no RN foi impulsionado por movimentos sufragistas e pelo apoio da elite política local, permitindo que as mulheres potiguares conquistassem espaço eleitoral antes mesmo do reconhecimento nacional do voto feminino.
Em 1927, durante o governo de José Bezerra, foi elaborado um projeto de lei concedendo às mulheres o direito ao voto, mas foi na gestão de Juvenal Lamartine que a Lei n.º 660 foi promulgada, oficializando essa conquista no estado. O governador, que mantinha relações com Bertha Lutz, uma das principais lideranças do movimento sufragista no Brasil, acompanhou de perto as iniciativas para o progresso feminino.
A matéria também destaca algumas das principais pioneiras da política potiguar:
- Joana Cacilda Bessa, primeira intendente municipal (cargo equivalente a vereadora) do estado, eleita em 1928.
- Alzira Soriano, prefeita de Lajes do Cabugi, eleita no mesmo ano, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita no Brasil e na América do Sul.
- Maria do Céu Fernandes, uma das primeiras deputadas estaduais do país.
Além desse legado, o Rio Grande do Norte segue sendo referência na eleição de mulheres para cargos no Executivo. O estado já elegeu três governadoras:
- Wilma de Faria, governadora eleita em 2002 e reeleita em 2006.
- Rosalba Ciarlini, governadora eleita em 2010.
- Fátima Bezerra, eleita em 2018 e reeleita para um segundo mandato.
A reportagem reforça que o Rio Grande do Norte segue na vanguarda da inclusão feminina na política, consolidando-se como um símbolo da luta das mulheres por representatividade e espaço no poder.
Autor(a): BZN