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Gesto obsceno de Moraes em estádio, o decoro e privilégios no STF

31 JUL 2025

Foto: Alex Silva/Estadão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi vaiado durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, nessa quarta-feira (30), em São Paulo.

A reação: gesto obsceno em direção à torcida, que ganhou ampla repercussão nas redes sociais e questionamentos sobre o comportamento de autoridades públicas e os privilégios sustentados pelos contribuintes.

Protegido por um robusto esquema de segurança pago com recursos públicos, Moraes esteve no estádio em um momento de lazer, enquanto a maioria dos brasileiros lida com a precariedade de serviços essenciais. O contraste entre a escolta e o gesto vulgar de um juiz constitucional escancara o afastamento da Corte em relação à sociedade.

Indicado ao STF em 2017 por Michel Temer, Moraes não veio da magistratura, mas da política, foi advogado, secretário estadual e ministro da Justiça. Sua trajetória, aliada ao protagonismo recente em decisões de forte impacto político alimenta críticas sobre a politização do Supremo e a ausência de freios institucionais.

A conduta do ministro leva a discussões sobre decoro e responsabilidade. Embora seja alvo de críticas e até hostilidade, espera-se de um integrante do STF compostura proporcional ao cargo que ocupa. O gesto, no entanto, simboliza desprezo à crítica popular e reforça a percepção de que parte da elite do Judiciário se sente blindada.

E é.

Autor(a): BZN



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