16 FEV 2025
Diante do artigo do jornalista carioca Mauro Ferreira no g1 sob o título “Culpar e tentar tirar de cena artistas do funk e do rap, como Oruam, é ação tão condenável quanto a apologia ao crime”, comentou a jornalista Madeleine Lacsko, em repost no X: “A Globo esqueceu o Tim Lopes rapidinho. A gente não. Oruam tem uma tatuagem do senhor Elias Maluco. Ele esquartejou vivo e matou queimado dentro de pneus, no tal microondas, o repórter da Globo Tim Lopes. Motivo: ele investigava abuso sexual de menores em bailes funk”.
Em tempo!
O cantor de trap Oruam possui uma tatuagem entre peito e barriga em homenagem a Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. Oruam também tatuou o rosto do seu pai, Marcinho VP, no lado esquerdo do peito.
Em uma publicação nas redes sociais, ele mostrou as tatuagens e escreveu: “Olha o chefe, meu chefe, Marcinho: esse daqui é o meu pai. Esse daqui é o meu tio, Elias Maluco, e esse daqui é o meu primo Raul (filho de Elias)”.
A Globo deve ter esquecido a memória do jornalista Tim Lopes, assassinado com requintes de crueldade em junho de 2002, no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro. Ele estava investigando bailes funk organizados por traficantes e a exploração sexual de menores em comunidades dominadas pelo tráfico.
Tim Lopes trabalhava disfarçado com uma câmera escondida quando foi identificado por traficantes da facção Comando Vermelho. Ele foi capturado e levado ao chefe do tráfico local, Elias Maluco, que ordenou sua execução.
O jornalista foi levado ao Morro do Cruzeiro, onde foi torturado e morto com golpes de espada (uma técnica conhecida como “micro-ondas”, em que o corpo é queimado dentro de pneus). Seu corpo só foi encontrado uma semana depois, carbonizado e com sinais de violência extrema.
O assassinato de Tim Lopes causou grande repercussão no Brasil, aumentando o debate sobre a violência contra jornalistas e a atuação do crime organizado. Elias Maluco foi preso em 2002 e condenado a 28 anos e seis meses de prisão. Ele morreu na prisão em 2020, sob circunstâncias não totalmente esclarecidas.
O caso de Tim Lopes continua sendo um dos episódios mais chocantes da história do jornalismo brasileiro. Talvez não para o grupo Globo.
O artigo tomou uma nota da comunidade do X:
Autor(a): BZN
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