Saúde

Hoje é o dia da “pior dor de cabeça de todas”; neurocirurgião potiguar explica

21 MAR 2023

Foto: Divulgação/Dr Sérgio Dantas

Este 21 de março marca o Dia Internacional da Cefaleia em Salvas, considerada “a pior dor de cabeça de todas” por sociedades médicas especializadas. A doença ocorre dentro ou ao redor do olho, de um lado só, com intensidade “lancinante”. O neurocirurgião do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), Sérgio Adrian Dantas, aproveita a data para esclarecer a população sobre este tipo de dor de cabeça.

De acordo com o especialista, “os ataques de dor acontecem em grupos, um após o outro, por isso o nome ‘em salvas’ – existem dois tipos de cefaleia em salvas: a forma episódica, que é a mais comum e esporádica; e a forma crônica, que é extremamente incapacitante, pois as dores são contínuas, com alívio apenas por cerca de um mês ao ano”.

Sérgio Dantas destaca que a forte dor ocular é acompanhada de sintomas como “olho lacrimejante; vermelhidão no olho; narina entupida e coriza; inchaço ao redor do olho; agitação; inquietude e pele pálida ou avermelhada na região afetada”.

O médico alerta que existem fatores que funcionam como gatilhos para desencadear a doença, incluindo “bebidas alcoólicas; fumo; calor excessivo e banhos quentes; mudanças climáticas; contato com cheiros fortes, gasolina, tintas e até perfumes; comidas, bebidas ou medicamentos com nitratos, como bacon e vinhos; luz intensa; esforço físico; estresse emocional e uso de cocaína”.

“A cefaleia em salvas acomete mais os homens, na faixa dos 30 anos e pode ser favorecida pela existência de histórico familiar”, pontua o neurocirurgião.

Sobre o tratamento, o especialista do Huol explica que as intervenções pode ser para cessar uma crise ou para evitas ataques futuros: “há o tratamento abortivo da dor e o tratamento preventivo, que aliam medicamentos e mudanças no estilo de vida. No caso pacientes mais complexos, duas técnicas neuromodulatórias podem auxiliar na redução dos sintomas – a  estimulação do nervo occipital, técnica pouco invasiva em que um fino eletrodo é implantado abaixo da pele, em contato com o nervo e conectado com um neuroestimulador que, quando ligado, estimula com leves impulsos elétricos, inibindo a dor; e a estimulação cerebral profunda, uma neurocirurgia usando marcapasso cerebral”.

Autor(a): Redação



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