A quinta-feira (28) amanheceu com a notícia de uma tragédia que comoveu Porto Alegre (RS) e o Brasil. 

Na capital gaúcha, segundo a polícia local, o empresário Octávio Driemeyer Júnior, 44 anos, usou armas de caça de sogro para matar família em condomínio de Porto Alegre, no bairro Santa Tereza. 

De acordo com o tenente-coronel Eduardo Cunha Michel, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), Octávio Júnior teria usado duas espingardas calibre 12 para matar o filho (14 anos), a esposa (45), a sogra (81), e a mãe (79). Em seguida, teria usado uma das armas para se matar.

Segundo delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, titular da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DHPP), em entrevista coletiva, duas espingardas estavam no nome do sogro Aldino Lazaretti, que morreu sábado (23) em decorrência de câncer que enfrentava. Era proprietário da empresa Ferragem do Aldo, de material de construção.

Disse o delegado

-Pela numeração que a gente obteve, elas pertenceriam ao sogro, e temos relatos antes mesmo disso que [ele] era a única pessoa próxima que poderia ter armas. Usava para caçar.

Remédio para dormir

A Polícia Civil aguarda os laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para saber se a família ingeriu algum medicamento na noite anterior aos crimes. Suspeita-se que o empresário ofereceu medicamento para que ela a esposa pudesse dormir e ela tomou por não ter suspeitado a atitude. "[Ela] acabou não presenciando [os crimes]. Os exames laboratoriais do sangue e da urina é que vão nos dizer que possa ter dado algum tipo de medicamento, que química foi utilizada", informa o delegado.

A PM diz que os vizinhos ouviram disparos de arma de fogo e entraram em contato com a Brigada Militar (BM) por volta das 8h. Na casa, os policiais encontraram os corpos dentro dos quartos.

Ainda não se sabe o que motivou os crimes. Uma das suspeitas é de que o empresário acumulava dívida em torno de R$ 30 milhões.

Autor(a): Eliana Lima